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AM ganhará primeiro parque tecnológico
Um importante passo será dado pelo Amazonas no sentido de alavancar a promoção da cultura de inovação e a melhoria do nível de competitividade das empresas e instituições com base na expansão do conhecimento. Está previsto para o próximo ano o início das obras do Parque Tecnológico do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus (CT-PIM), um dos projetos prioritários da entidade e o primeiro a ser implantado no Estado.
Definidos como sendo uma concentração geográfica de empresas e instituições associadas que criam um ambiente favorável à inovação tecnológica, os parques tecnológicos são considerados estratégicos para o avanço da área de Ciência, Tecnologia & Inovação (C&T&I) no País na medida em que contribuem para dinamizar e fortalecer a economia, mediante a agregação de conhecimento e competitividade às empresas e instituições, além de gerar empregos de qualidade e bem-estar social à população.
No caso do Parque Tecnológico do CT-PIM, o objetivo básico é gerar competência tecnológica/empresarial em Microeletrônica e Microssistemas, compreendendo o ciclo de desenvolvimento e fabricação de Circuito Integrado (CI), Componente Microssistema (MST) e Produto Inteligente (PI), de maneira a contribuir com a consolidação do Polo Industrial de Manaus (PIM) e criar uma base de gestão que possibilite a geração e/ou transferência de tecnologia avançada e a sua utilização estratégica para a formação de clusters (conglomerados).
Esta unidade do CT-PIM atuará principalmente em áreas definidas como prioritárias pelo Governo Federal por meio do Programa Nacional de Microeletrônica (PNM), e em outras previstas no Programa Prioritário TV Digital Interativa e no Programa de Desenvolvimento de software na Amazônia (Amazonsoft), esses dois últimos sob a coordenação do próprio CT-PIM e executados com recursos financeiros em contrapartida ao benefício fiscal concedido às empresas do segmento de Informática do Polo Industrial de Manaus (PIM), que investem em atividades de pesquisa e desenvolvimento, conforme diretrizes do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda).
“A instalação de um Parque Tecnológico voltado às áreas de microeletrônica e microssistemas é de fundamental importância não só para o Estado, como para toda a Região Norte, uma vez que objetiva resolver os gargalos existentes no PIM e potencializar a região em áreas apontadas atualmente como deficientes e carentes de profissionais qualificados e empresas de alta tecnologia, além de contribuir para o saldo da balança comercial brasileira”, explica o diretor-executivo do CT-PIM, Wesley Pereira.
O complexo tecnológico será construído em terreno de 369.086,75 m², localizado entre a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e o Distrito Industrial. A área foi cedida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), cujas ações têm sido primordiais para tornar o projeto uma realidade. Além disso, a proximidade com empresas, universidades e centros de ensino e pesquisa é considerada estratégica, uma vez que deverá gerar maior sinergia e oportunidades de negócios e soluções.
No projeto-base do Parque Tecnológico está prevista a construção da Unidade de Gestão Estratégica (UGE), Unidade de Desenvolvimento Empresarial (UDE), Unidade de Referência para Fabricação (URF) de Microssistemas, Unidade de Referência em Inovação (URI) em Microsistemas e por fim, a Área Central Comum (ACC). A obra está estimada em R$ 30 milhões, exceto a Unidade de Fabricação de Microssistemas, sendo que parte dos recursos públicos está prevista no orçamento da SUFRAMA e depende de liberação do governo federal. O restante deve ter investimentos de outros entes públicos, além da iniciativa privada, em especial, dos aportes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das empresas fabricantes de bens de informática do PIM.
As obras estão previstas para iniciar em meados de 2011. Da estimativa de R$ 30 milhões, serão destinados R4 4,5 milhões para a primeira unidade a ser construída, a de Gestão Estratégica. Desse valor, estão previstos R$ 2,5 milhões do orçamento da SUFRAMA.
Infraestrutura
O Parque Tecnológico deverá abrigar, em princípio, 35 empresas incubadas das áreas de fabricação de circuitos integrados (CI´s), microssistemas e de base tecnológica na sua Unidade de Desenvolvimento Empresarial, além de outras que poderão se instalar em áreas específicas para atração de investimentos, o que deverá aumentar o número de empresas para 50, num prazo de aproximadamente cinco anos. A previsão é que sejam criadas 580 vagas de emprego para profissionais das áreas de tecnologia e inovação em processos e produtos.
“A meta é transformar Manaus em um centro de referência em formação de recursos humanos qualificados e especializados para atuação em pesquisa aplicada, inovação tecnológica, empreendedorismo e gestão de programas de inteligência competitiva, tais como informação econômica, mercadológica, tecnológica e gerenciamento de bancos de dados”, salienta o diretor-executivo.
Estima-se que o Parque Tecnológico seja concluído no prazo máximo de oito anos. Antes mesmo do início da construção do empreendimento, estão sendo executadas diversas ações de formação, treinamento e geração de capital intelectual. Os laboratórios já implantados pelo CT-PIM também serão transferidos para o local.