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Alunos da UERR conhecem a Zona Franca de Manaus
Um grupo de 30 alunos finalistas do curso de Geografia da Universidade do Estado de Roraima (UERR) visitou a sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), nesta quarta-feira (14), para conhecer mais sobre o modelo que é responsável pelo desenvolvimento de uma região que corresponde a um quarto do território nacional.
O grupo foi recebido pelo superintendente da autarquia, Thomaz Nogueira, que fez uma palestra para os alunos mostrando, primeiramente, a evolução que o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), especialmente o Polo Industrial de Manaus (PIM), trouxe para o Amazonas nos aspectos econômico, social e ambiental, desde sua criação, em 1967. “A Zona Franca de Manaus é o motor da economia amazonense. Em 2013, o Polo Industrial de Manaus faturou R$ 83 bilhões. Isso é maior do que o PIB de países como o Paraguai, o Suriname e a Bolívia. No ano passado também tivemos o melhor desempenho nos empregos, com 129 mil postos de trabalho”, afirmou Nogueira, lembrando ainda dos ganhos com capital intelectual, com o financiamento de todos os recursos necessários para a manutenção da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) a partir da arrecadação da Taxa de Serviços Administrativos (TSA) pelo PIM, e a preservação de 98% da floresta do Estado, a partir de uma alternativa econômica que não necessita degradar o meio ambiente para se sustentar.
Após mostrar o que a ZFM significa para a sociedade amazonense, Nogueira lembrou que a riqueza gerada pelo modelo atinge outros Estados da Amazônia. A SUFRAMA, por meio de convênios com os governos estaduais e municipais, também viabiliza obras de infraestrutura, além de investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e formação de capital intelectual em sua área de abrangência. “Em Roraima, por exemplo, os recursos da SUFRAMA foram utilizados na execução da orla de Boa Vista e em programas de mestrado e doutorado da Universidade Federal”, disse o superintendente.
Questionado sobre a redução nestes investimentos, Nogueira confirmou que eles estão mais tímidos. “Mas estamos trabalhando junto ao governo Federal para liberar uma fatia maior de recursos, pois são estratégicos para o desenvolvimento da nossa região”, afirmou.
O superintendente também falou sobre alternativas econômicas para a região e atentou para a importância das pesquisas a partir da biodiversidade amazônica, nas quais o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) será estratégico. “O CBA trabalha com inúmeras pesquisas de fármacos, cosméticos, entre outros segmentos, a partir dos insumos da floresta”, explicou.
Na avaliação do professor da UERR, Osvair Mussato, “a palestra foi muito valorosa para compreender o que é a SUFRAMA e a importância para o desenvolvimento regional”. O grupo de alunos visitará ainda uma fábrica do Polo Industrial de Manaus e projetos de infraestrutura da capital amazonense. “Esse contato é importante para que os alunos formem uma base sólida do que é estudado em sala de aula”, disse Mussato.