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Ação Pró-Amazônia e CNI debatem inserção internacional da Amazônia
A inserção internacional da Amazônia como estratégia indutora de desenvolvimento sustentável da região é tema de seminário nesta quarta-feira, dia 25, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Promovido pela CNI em conjunto com a Ação Pró-Amazônia, associação que congrega as federações da indústria da Amazônia Legal, o encontro está organizado em dois blocos de debates: “A Amazônia no cenário internacional – Desafios e perspectivas estratégicas”, e a “Inserção econômica internacional da Amazônia – Requisitos, condicionantes e perspectivas concretas”.
Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), autarquia vinculada ao MDIC, ministérios Extraordinário de Assuntos Estratégicos (MAE), das Relações Exteriores (MRE), da Ciência e Tecnologia (MCT), do Meio Ambiente (MMA), Centro Internacional Celso Furtado e Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado Federal, foram convidados a participar do seminário os governadores e parlamentares da região, presidentes das federações da indústria de todo o País, além de representantes de câmaras de comércio, de embaixadas, estudiosos e demais agentes ligados ao tema.
Para a SUFRAMA, a discussão irá auxiliar no aperfeiçoamento de sua política de inserção internacional direcionada ao modelo Zona Franca de Manaus, que beneficia os Estados da área de atuação da Superintendência, a Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia) e a Área de Livre Comércio (ALC) de Macapá e Santana, no Amapá. Desde o ano passado grupo de especialistas contratados pela instituição, por intermédio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), esteve promovendo debates nos Estados como parte fundamental do processo de revisão do planejamento estratégico da autarquia para o período de 2008 a 2011.
Além da inserção internacional do modelo ZFM, que tem no Pólo Industrial de Manaus (PIM) sua fonte irradiadora de desenvolvimento socioeconômico regional, a SUFRAMA também trabalha no aperfeiçoamento de sua política de interiorização do desenvolvimento, de formação de capital intelectual e de fomento à produção sustentável. Com os recursos arrecadados junto às cerca de 500 fábricas instaladas no PIM, a instituição financia infra-estrutura econômica, capacitação de recursos humanos em diversos níveis e projetos focados nas potencialidades regionais. A meta agora é otimizar os resultados desse trabalho na região.
Debates
O encontro será aberto às 9h pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, e representantes do Governo Federal. Na primeira sessão de debates (das 9h20 às 11h20), o tema “A Amazônia no cenário internacional – Desafios e perspectivas estratégicas”, está programado para ser debatido por representantes dos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT); do Meio Ambiente (MMA); pelo ministro de Assuntos Estratégicos (MAE), Roberto Mangabeira Unger; e pelo secretário-geral das Relações Exteriores (MRE), Samuel Pinheiro Guimarães Neto. Também está sendo esperada a participação do superintendente da Sudam, Djalma Mello. O moderador desse bloco será o coordenador da Ação Pró-Amazônia e presidente do Conselho de Integração Nacional da CNI, Eduardo Machado Silva.
Na segunda sessão do seminário (das 11h20 às 13h15), o tema “Inserção econômica internacional da Amazônia – Requisitos, condicionantes e perspectivas concretas”, terá como moderador o assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República e do Centro Internacional Celso Furtado, Carlos Tibúrcio. Os debatedores são: a superintendente da SUFRAMA, Flávia Grosso, que falará sobre “Possibilidades e desafios para o comércio internacional a partir da Amazônia”; o secretário da Secretaria de Tecnologia Industrial do MDIC, Francelino Grando; que tratará sobre “Desenvolvimento industrial e tecnológico como via de integração”.
Os debates continuam com o conselheiro do MRE Francisco Chagas, com “Integração logística na Pan-Amazônia”; ministro Paulo França, falando dos “Mercados Pan-Amazônicos”; o diretor da unidade da Nokia no Pólo Industrial de Manaus, Mauro Correia, com “Experiência empresarial – um caso concreto”; e com o coordenador da Ação Pró-Amazônia, Eduardo Silva, destacando “A visão da indústria”.