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“Pacto pela educação e pelo desenvolvimento da liderança sustentável no Amazonas” é firmado na SUFRAMA
O “Pacto pela educação e pelo desenvolvimento da liderança sustentável no Amazonas” foi assinado nesta terça-feira (26), em solenidade realizada no auditório da sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Com foco na educação, qualificação profissional e desenvolvimento de recursos humanos avançados na região, o instrumento nasce com a perspectiva de mudar, a médio e longo prazo, uma realidade bastante conhecida no Estado: disponibilidade de oportunidades de trabalho, mas carência de mão de obra local qualificada à altura para assumir esses postos, sobretudo no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Idealizado a partir de discussões iniciadas no “IV Fórum de Líderes”, promovido em 2012 pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Amazonas (ABRH/AM), e que tiveram envolvimento e participação direta da SUFRAMA e do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), o pacto terá caráter permanente e envolverá instituições das mais diversas instâncias. Até o momento, 16 instituições firmaram o documento: SUFRAMA, Fieam, Cieam, ABRH, Faculdade Martha Falcão, Fundação Nokia, Fucapi, Ulbra, Semed, Uninorte, Embrapa, Cetam, Ifam, CT-PIM, Fundação Paulo Feitosa e CBA.
“O que temos aqui é a sociedade se movendo para um objetivo comum, para enfrentar uma questão que, no nosso diagnóstico, é absolutamente crítica para a nossa evolução”, disse o superintendente da SUFRAMA, Thomaz Nogueira. “Estamos construindo um diálogo entre os que têm preocupação com o desenvolvimento e com a formação do capital intelectual no Amazonas. O PIM, reconhecidamente, é um modelo de sucesso e de indução ao desenvolvimento. Mas os anos futuros só acontecerão em nível de sucesso se somarmos esforços para dinamizar e multiplicar o nosso capital intelectual”, completou.
Hélice tríplice
O modelo de governança do pacto está estruturado no formato “hélice tríplice”, em que há parceria indissociável entre governo, academia e indústria. A ideia é unir as diversas competências da sociedade civil em busca de soluções conjuntas para superar os gargalos no ambiente da educação, trabalho e emprego. Na prática, a classe empresarial poderá mapear e apresentar as necessidades mais sensíveis quanto à qualificação de mão-de-obra; as instituições de ensino superior poderão trabalhar essas carências reforçando a sua oferta de cursos; e os órgãos públicos poderão ter subsídios pontuais para a formulação e adequação de projetos e direcionamento de recursos, otimizando os resultados.
Além de um comitê interinstitucional - que terá a função principal de organizar as ações gerais e estratégicas relativas ao pacto e contará com a participação de um representante de cada órgão partícipe - serão constituídos quatro comitês setoriais que buscarão trabalhar demandas específicas nas áreas de comércio e serviços, indústria, produção rural e instituições de ensino.
“Isso não se trata apenas de um protocolo, mas sim de um instrumento de envolvimento. As instituições devem se sentir incluídas e pertencentes a esse processo”, destacou Ana Maria Souza, coordenadora-geral de Estudos Econômicos e Empresariais da SUFRAMA.
Exemplo nacional
O lançamento do pacto contou com a presença do vice-presidente da ABRH nacional, Paulo Sérgio Bastos Menezes, que destacou o pioneirismo da iniciativa. “Esse é um momento inédito para discutir o futuro em cima de uma ação coordenada e articulada, reunindo instituições com bastante representatividade. Esse pacto não se destaca só pela sua característica inovadora, mas também está alinhado profundamente com os propósitos da ABRH. Um dos pilares do planejamento estratégico da nossa instituição chama-se valor para a sociedade, e o que aqui está sendo feito nada mais é do que uma ação nesse fim”, disse, reforçando que a iniciativa poderá servir como referência para outros Estados da federação.
A primeira reunião formal do comitê interinstitucional do pacto está marcada para a próxima terça-feira (5), às 15h, na sede da SUFRAMA.