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INTEGRIDADE
MGI promove palestra sobre os desafios da Inteligência Artificial na gestão pública
Servidores da alta administração do MGI participaram da formação em integridade, promovida no âmbito do Programa Pró-Integridade. Foto: Adalberto Marques/MGI
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou, nesta quarta-feira (06/11), a terceira edição de formação em integridade para a alta administração do MGI, com o tema "Integridade e Gestão: Inteligência Artificial e os Desafios do Futuro". O palestrante foi o secretário de Comércio Exterior do Tribunal de Contas da União, Wesley Vaz Silva. O encontro reuniu secretários, subsecretários, diretores, secretários-adjuntos e assessores especiais do ministério.
Ao abrir a palestra, o secretário de Serviços Compartilhados do MGI, Cilair Abreu, comentou sobre a importância do tema, destacando que o ministério se engaja continuamente nesse processo de inovação na gestão. “Devemos dar muita dedicação e atenção a esse tema, que envolve inteligência artificial, pois não é um tema trivial para a gestão e integridade do ministério”.
Francisco Eduardo de Holanda Bessa, chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do MGI, ressaltou a importância da formação contínua para as lideranças do Ministério, com a discussão de temas inovadores em gestão e integridade. "Essa é a terceira edição de uma formação direcionada à alta administração do MGI, e aqui abordamos temas que são relevantes para quem exerce a liderança estratégica e tática do MGI", disse.
Durante a apresentação, Wesley Vaz abordou o papel da liderança na promoção da integridade e os desafios éticos que as organizações enfrentam em um cenário cada vez mais instável, no qual a IA pode moldar valores humanos. Ele refletiu sobre como, apesar de suas impressionantes capacidades, a IA ainda é uma ferramenta que complementa, mas não substitui, o pensamento humano. “Devemos entender a inteligência artificial como uma ferramenta que ajuda a expandir nossas aspirações e desenvolver novas capacidades. É importante se perguntar: ‘O que posso fazer agora que antes não imaginava possível?’ ou ‘Como posso ser mais eficiente com uma ferramenta que me permite gastar cinco vezes menos tempo e abrir espaço para novas atividades?’. Portanto, a inteligência artificial impacta tanto as aspirações quanto as capacitações de uma organização”, disse.
Wesley também reforçou a importância de uma abordagem consciente e estratégica ao adotar a inteligência artificial em diferentes setores. Ele ressaltou que, embora a IA traga impacto em inúmeras áreas, sua implementação exige questionamentos sobre o propósito e os riscos envolvidos. "A IA impacta tudo, desde a geração de energia até o diagnóstico médico. Mas o que nos salva é que esse combo de soluções que ela oferece, embora possa resolver problemas genericamente, não substitui aquilo que decidimos, o porquê. Por que eu vou usar uma tecnologia assim? Para que eu vou usar? Que riscos estou disposto a correr ao usá-la? Que política pública pode ou não se beneficiar disso?”, questionou.
Wesley ponderou, contudo, que em um momento de crescimento exponencial dessa tecnologia, é necessário que as organizações públicas se preparem para entendê-la e capacite seus servidores para usá-la da melhor forma. Nesse sentido, ele destacou a relevância da iniciativa do MGI de realizar uma oportunidade de discussão e conhecimento da alta liderança da pasta sobre a temática.
Formação para a Alta Administração do MGI
A capacitação para altos executivos faz parte das ações do programa Pró-Integridade. Lançado em maio de 2023, o Pró-Integridade tem a finalidade de implementar um conjunto de práticas e mecanismos institucionais para prevenir, detectar e corrigir posturas ofensivas à diversidade, desvios éticos, irregularidades, fraude e corrupção.
Além de contribuir para a prevenção e a mitigação de vulnerabilidades associadas a riscos de desvios éticos, irregularidades e corrupção, o Programa de Integridade do MGI promove a diversidade junto a servidores e servidoras por meio de conceitos, fundamentos, processos de letramento a respeito de condutas sexistas, racistas, capacitistas ou que conduzam a outras formas de discriminação e assédio.