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Planejamento da Força de Trabalho
Planejamento e dimensionamento da força de trabalho no setor público discutidos no terceiro encontro do Fonacate
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado – Fonacate tem realizado seminários para debater o tema Nova Agenda para Reforma Administrativa, em parceria com o Instituto Servir Brasil.
A terceira edição, realizada nesta terça-feira, 17 de outubro, tratou do “Planejamento e dimensionamento da força de trabalho no setor público”. Para discutir sobre a temática, o evento reuniu em Brasília especialistas, servidores e representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Elizabeth Sousa Cagliari Hernandes, moderadora da mesa, abriu a discussão ressaltando a importância do tema para a administração pública, considerando as autorizações de concursos realizadas. Afirmou que “o Estado brasileiro tem baseado suas decisões e suas políticas em evidências científicas e a discussão sobre quantos profissionais o estado necessita e onde eles devem ser lotados, muitas vezes ela pode ficar contaminada por achismos e enviesada por conteúdos ideológicos ou por simples desinformação. Então, tratar de maneira científica o dimensionamento, a alocação das pessoas, é um tema que ter tudo a ver com o trabalho desse fórum de carreiras de estado.”
Pedro Paulo Murce Menezes, professor da Universidade de Brasília e Coordenador do Centro de Pesquisas sobre a Gestão de Pessoas no Setor Público Brasileiro (CePGP), iniciou as apresentações, falando sobre o dimensionamento da força de trabalho - DFT como ferramenta estratégica para a gestão de pessoas e suas relações com outros processos, como a avaliação de desempenho. Ele propôs reflexões a respeito de como a avaliação é feita e como pode ser aperfeiçoada, assim como outros processos, como o desenvolvimento, por meio de mecanismos mais eficazes, como o dimensionamento.
Ana Cláudia Alves de Medeiros Silva e Janice Oliveria Godinho, ambas da Diretoria de Provimento e Movimentação de Pessoal da Secretaria de Gestão de Pessoas do MGI, falaram sobre os desafios para o provimento de pessoas diante da grande necessidade de recomposição de pessoal e das limitações de recursos, o que exige planejamento baseado em evidências que podem ser obtidas por meio do DFT. Ana Silva falou sobre o histórico dos estudos sobre o tema, até chegar ao modelo referencial oferecido pelo MGI aos órgãos e entidades, além dos ganhos e benefícios do DFT.
Janice Godinho falou sobre os resultados do DFT e sua aplicação para aprimorar a gestão de pessoas, além das estratégias para disseminar o modelo, por meio de capacitações, página eletrônica e publicações. De acordo com a servidora, a intenção é que o DFT seja integrado como processo contínuo às ações de gestão de pessoas pelos órgãos e entidades, a fim de subsidiar as decisões de provimento, movimentação e alocação.
O Coordenador-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), José de Albuquerque Nogueira Filho, abordou o uso do dimensionamento sob a perspectiva da governança, reforçando a afinidade entre o DFT e o Programa de Gestão e Desempenho – PGD e o desenvolvimento de competências. Segundo Albuquerque, o DFT maximiza a clareza organizacional, a visão sistêmica, a avaliação e o uso dos recursos organizacionais e a segurança na gestão e desempenho. Ele destacou algumas iniciativas que ajudam a consolidar o DFT, como a definição de pontos focais para disseminação nas unidades, a integração com o painel gerencial e a instituição de um comitê de governança administrativa, além de ações de comunicação. Ele acrescentou que, no MJSP, o dimensionamento é um dos critérios para embasar os pedidos de concurso público.
O Secretário de Serviços Compartilhados do MGI, Cilair Abreu, concluiu as apresentações ressaltando a importância do DFT para a construção do arranjo colaborativo liderado pelo MGI, como ferramenta de diagnóstico da força de trabalho. E afirmou que é preciso conhecer o perfil da força de trabalho para implementar mudanças e obter melhores resultados, diante de novas demandas que surgiram a partir da centralização dos serviços, e ainda que não é possível separar o DFT do Programa de Gestão e Desempenho, tendo em vista que o Programa é uma forma de reorganizar sua força de trabalho para aumentar a produtividade.
Assista à íntegra do evento acessando: VIII Congresso Nacional CONACATE - 17/10 tarde
O Fonacate, em parceria com o Instituto Servir Brasil, promoverá mais um seminário em 2023, o último do ano, que ocorrerá 13 de dezembro, debaterá sobre a Modernização e consolidação da força de trabalho.
Para saber mais sobre o Modelo Referencial de Dimensionamento da Força de Trabalho oferecido pelo MGI, entre em contato:
Coordenação-Geral de Planejamento da Força de Trabalho – CGFOR
sgp.dft@economia.gov.br
(61) 2020 1043
gov.br/servidor/dft