Modelo referencial de DFT
O que é Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT)?
O Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT) é uma das ferramentas de planejamento da força de trabalho que processa dados qualitativos e quantitativos sobre as entregas realizadas por uma equipe, as características de pessoal que compõem a unidade e o contexto do trabalho. Sua utilidade mais conhecida é a de estimar a quantidade ideal de pessoas para realizar entregas, com foco em resultado, considerando o contexto organizacional e as características da força de trabalho. Esse instrumento de planejamento visa apoiar a gestão de pessoas e subsidiar o planejamento de políticas públicas.
Para que serve o Dimensionamento da Força de Trabalho?
O DFT pode auxiliar os órgãos e entidades no aprimoramento do planejamento da força de trabalho por meio de dados, informações, indicadores e entregas com seus respectivos esforços. O dimensionamento pode contribuir também para o caráter uniformizador das políticas de gestão de pessoas do Sistema de Pessoal Civil (Sipec), colaborar para o desenvolvimento do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) e fornecer informação qualificada para a tomada de decisão relativa à alocação de pessoal.
Além disso, o DFT busca o aprimoramento dos pedidos de concursos públicos, contratações temporárias e movimentação de pessoal, favorecer o diagnóstico organizacional e a melhoria de processos, bem como cooperar para a melhoria dos serviços prestados à sociedade.
Qual o público-alvo do DFT?
Órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
O que é o modelo referencial de Dimensionamento da Força de Trabalho?
É a metodologia desenvolvida pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que inclui o modelo referencial de DFT e o Sistema de Dimensionamento de Pessoas (Sisdip). O modelo referencial é composto por duas metodologias: típica e atípica. A metodologia típica, que abrange mais de 99% dos casos, é utilizada em situações nas quais é possível mensurar a produtividade da unidade, por meio de entregas resultantes de processos de trabalho. A metodologia atípica é utilizada de forma excepcional, nos casos em que a produtividade não pode ser mensurada por meio de entregas resultantes de processos de trabalho, sendo baseada em parâmetros individuais de produtividade.
Objetivo do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos com o DFT
A intenção do órgão central do Sipec é possibilitar que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal possam utilizar o dimensionamento como prática contínua, como base para as suas decisões estratégicas de gestão de pessoas.
Dentre essas decisões, pode-se destacar:
- Subsidiar negociações de recomposição e de movimentação da força de trabalho;
- Melhorar o aproveitamento da força de trabalho;
- Definir o esforço necessário para a realização de determinado trabalho, sem que sobre ou falte capacidade;
- Mapear entregas técnicas;
- Qualificar o planejamento de pessoal, oferecendo dados e análises que permitam decisões embasadas acerca da configuração do quadro;
- Melhorar a utilização dos recursos públicos;
- Otimizar o uso dos recursos com ações de capacitação e desenvolvimento de servidores;
- Subsidiar a criação de cultura organizacional orientada para as entregas e resultados;
- Otimizar a interface estratégia, estrutura, tecnologias e pessoal, visando a consecução de objetivos estratégicos;
- Possibilitar maior poder de decisão e potencialização da unidade de gestão de pessoas;
- Fornecer suporte para a implementação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) no órgão ou entidade;
- Possibilitar a integração dos sistemas de Gestão de Pessoas de movimentação, desenvolvimento e valorização de pessoas.
O DFT tem como resultados um conjunto de indicadores numéricos, a descrição do trabalho e relatórios compilados com dados de pessoal da unidade organizacional dimensionada. O painel de resultados traz a estimativa da quantidade ideal de pessoas, além de outras informações, como o perfil da equipe (idade, tempo de serviço, gênero, escolaridade, abono de permanência), rotatividade de pessoal, complexidade das entregas e as que mais demandaram esforços, as ausências e seus impactos na produtividade, entre outros indicadores que, analisados em conjunto, proporcionam uma visão gerencial da unidade e do órgão.
Neste sentido, o DFT pode ser caracterizado como uma soma de ações coordenadas que levam ao autoconhecimento da unidade, por meio da identificação das suas entregas ou produtos, da definição dos mecanismos para a mensuração do número de entregas concluídas, em determinado período, e diversos outros aspectos úteis aos gestores e servidores da unidade.
Exemplo de painel de resultados e indicadores
Fonte: Sistema de Dimensionamento de Pessoas (Sisdip).
Ganhos e benefícios com o DFT
Para a Administração Pública Federal
- Melhorar a utilização dos recursos públicos;
- Possibilitar o pleno funcionamento da máquina pública.
Para os órgãos e entidades
- Subsidiar negociações de recomposição e de movimentação da força de trabalho;
- Alocar o pessoal de forma mais assertiva;
- Fornecer diagnóstico da gestão organizacional;
- Subsidiar a criação de cultura organizacional orientada para entregas e resultados;
- Responder a recomendações dos órgãos de controle, como TCU e CGU.
Para os gestores
- Informações sobre o perfil da unidade;
- Monitoramento e planejamento das entregas;
- Oferta de dados e análises que possibilitam a tomada de decisões embasadas acerca da configuração do quadro de pessoal.
Para os servidores públicos
- Maior transparência no mapeamento de entregas sob sua responsabilidade;
- Identificação dos esforços empregados nas atividades desempenhadas;
- Suporte para implementação e manutenção do Programa de Gestão e Desempenho (PGD);
- Contribuição para melhorar o contexto organizacional;
- Possibilitar visão mais ampla sobre a unidade e o trabalho executado.
Resultados alcançados com o DFT
- Estimativas do quadro ideal de pessoas por unidade de atuação e tamanho do órgão ou entidade;
- Apontamento das principais entregas por área de atuação;
- Identificação de custos e possíveis automações de entregas;
- Identificação de entregas que não são de competência da área e passíveis de execução indireta;
- Detecção de qual o direcionamento do esforço da área por temática;
- Definição, a partir do retrato atual, de onde se quer chegar;
- Desenvolvimento de banco de entregas robusto, extraído diretamente do Sisdip, atualizado em tempo real e ampliado sistematicamente;
- Separação do banco de entregas por categorias de serviços, a fim de facilitar a busca por atividades específicas, de acordo com a temática das unidades.
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Em caso de dúvidas sobre a metodologia referencial de DFT, envie e-mail para sgp.dft@economia.gov.br ou ligue para (61) 2020-1043.