Vigitel
O Vigitel compõe o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde, junto a outros dois inquéritos, um domiciliar (Pesquisa Nacional de Saúde - PNS) e outro voltado à população escolar de 13 a 17 anos (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE). Conhecer a situação de saúde da população é o primeiro passo para planejar ações e programas que visem reduzir a ocorrência e a gravidade de doenças crônicas não transmissíveis, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.
O Vigitel foi implantado em 2006 em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, tendo como objetivo monitorar anualmente, via inquérito telefônico, a situação de saúde da população brasileira, por meio da distribuição dos principais fatores de risco e proteção para as seguintes DCNT: diabetes, câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.
O Vigitel - Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - é realizado desde 2006 pelo Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DAENT) no âmbito da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. Destaca-se como o inquérito de saúde brasileiro mais duradouro e ininterrupto, tanto em número de edições contínuas, quanto pelo número de entrevistas concedidas, tendo mais de 800 mil adultos entrevistados em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal ao longo de 17 edições.
Como funcionam as ligações?
As entrevistas telefônicas são realizadas anualmente com amostras da população adulta (acima de 18 anos) nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Até 2021, as entrevistas se restringiam aos residentes em domicílios com linhas de telefone fixo. A partir de 2023, as entrevistas passaram a incluir também linhas de telefones móveis. Maiores informações acerca da amostra utilizada para a coleta de dados podem ser consultadas nas publicações da pesquisa e na página de perguntas e repostas.
Para o que serve?
O Vigitel faz parte das ações do Ministério da Saúde que monitora a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para DCNT em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Entre essas doenças, estão diabetes, obesidade, câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, como hipertensão arterial, que têm grande impacto na qualidade de vida da população.
Essas doenças compartilham quatro fatores de risco modificáveis em comum, monitorados continuamente pelo Vigitel: tabagismo, alimentação não saudável, comportamento sedentário e consumo de bebidas alcoólicas. Além de monitorar estes fatores de risco, o inquérito também acompanha o diagnóstico médico de diabetes e hipertensão arterial, além de exames de detecção precoce de cânceres femininos, entre adultos.
O monitoramento dos fatores de risco e proteção, assim como das principais doenças crônicas não transmissíveis, fornece informações fundamentais para o planejamento de políticas públicas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças, além de permitir a avaliação das intervenções implementadas.
Os resultados do Vigitel embasam as metas do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030, o Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle das DCNT, da Organização Mundial da Saúde, bem como das metas de DCNT referentes à agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O inquérito investiga os seguintes temas:
- Tabagismo;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Excesso de peso e obesidade;
- Consumo alimentar;
- Prática de atividade física;
- Autoavaliação do estado de saúde;
- Prevenção de câncer feminino;
- Morbidade referida e;
- Comportamento no trânsito.
O Vigitel também investiga temas específicos, relevantes para a saúde da população, de forma pontual ou temporária, conforme a necessidade. No histórico de 17 edições realizadas do Vigitel já foram investigados os seguintes temas:
- A proteção contra raios ultravioletas (2007 a 2010);
- Questões relacionadas ao comportamento no trânsito (a partir de 2011);
- Ações de combate à dengue (2012);
- Questões sobre a Covid-19 (2021).
Vigitel 2024
O Ministério da Saúde em conjunto com a equipe responsável pela coleta de dados do Vigitel 2024 iniciou o processo de coleta, por meio de entrevistas telefônicas via linhas de telefones fixos e móveis (celulares).
A pesquisa apresentará o panorama atual da população brasileira acerca dos principais fatores de risco e proteção para o desenvolvimento das DCNT. Entre os fatores investigados em 2024, destacam-se: tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, consumo alimentar, prática de atividade física, uso de telas, realização de exames preventivos para alguns tipos de câncer feminino, além de abordar doenças já instaladas, como diabetes e hipertensão. De forma inédita será incluída nessa edição questões relacionadas ao sono, sintomas prolongados da COVID-19 e apostas online.
A partir de 2025, o Vigitel passará por ajustes em sua metodologia, visando aprimorar seus dados e análises. As principais mudanças a partir da próxima edição incluem: a migração predominante das entrevistas para telefones celulares, reduzindo ainda mais o uso de ligações para telefones fixos; a inclusão do recorte raça/cor, com base nos dados populacionais do IBGE; e a ampliação do número de municípios pesquisados, deixando de se limitar às capitais, para representar melhor a realidade de cada Unidade da Federação.
O Vigitel não pergunta qualquer informação relacionada a dados bancários ou CPF. As únicas informações pessoais obtidas por meio da pesquisa dizem respeito à idade, ao sexo, à escolaridade, ao estado civil e à raça/cor. Tais informações são utilizadas nos procedimentos metodológicos da pesquisa para que seus resultados reflitam a distribuição sociodemográfica e o panorama da população total. A segurança dos dados e o sigilo das informações é garantido pela Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais - LGPD).
Atenção: A participação na pesquisa é voluntária. Não é obrigado a participar e, mesmo que comece a responder ao questionário, pode interromper ou desistir da entrevista a qualquer momento. No entanto, ressalta-se que sua participação é extremamente importante para a vigilância em saúde no Brasil, bem como para o planejamento e monitoramento de nossas ações.
Seleção das linhas telefônicas
No caso das ligações para os domicílios, as linhas consideradas elegíveis passam por uma segunda etapa da amostragem, na qual um dos adultos residentes é sorteado entre os moradores no domicílio para responder ao questionário. Com a meta de entrevistas completas atingida, os resultados permitem inferências populacionais apenas para a população adulta com telefone. Para gerar estimativas representativas da população total de cada cidade, são atribuídos pesos finais a cada indivíduo de forma a igualar a composição sociodemográfica da amostra do Vigitel (de adultos com telefone) à composição estimada da população adulta total daquela cidade no mesmo ano. Essa técnica é realizada por meio de um peso pós-estratificação, calculado pelo método “rake”. Mais detalhes sobre os métodos de ponderação utilizados podem ser encontrados nos relatórios publicados anualmente.
Resultados
A divulgação dos resultados do Vigitel é feita ao final de cada pesquisa, por meio de relatórios e publicações do Ministério da Saúde. São divulgados apenas os resultados agregados, ou seja, agrupados por capital do país/região de residência, sexo, idade e nível de escolaridade. Não são analisados ou divulgados dados no nível individuado.
Os resultados da pesquisa de 2006 a 2021 podem ser encontrados na página de Publicações da SVSA – Vigitel, onde também podem ser encontrados seguintes relatórios:
- Relatórios com resultados anuais: 2006 a 2023
- Relatórios de tendência dos principais indicadores monitorados pelo Vigitel ao longo das 17 edições realizadas, sendo os mais recentes:
As bases de dados completas do Vigitel, com dados de todas as capitais brasileiras e do Distrito Federal, estão disponíveis de 2006 a 2023, junto aos dicionários de dados e da nota técnica de orientações para análise dos microdados da pesquisa, na página Bases Vigitel.
Para dúvidas e esclarecimentos: imprensa@saude.gov.br ou ligue 136