Estratégia de Saúde Cardiovascular na APS
Diante dos desafios para o controle de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e dos seus fatores de risco no País, o Ministério da Saúde instituiu a Estratégia de Saúde Cardiovascular (ECV) na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Portaria GM/MS nº 3.008, de 4 de novembro de 2021. Estudos sugerem que as DCNT são responsáveis por cerca de 70% das mortes do mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) se destacam entre as DCNT, uma vez que representam a mais recorrente causa de morte em território nacional.
No mundo, as DCV constituem importantes causas de incapacidade e perda de anos de vida, com significativo impacto social e econômico, assim como no bem-estar da população. Entre os óbitos de brasileiros por DCNT, as causas cardiovasculares respondem por cerca de 30%, tendo como principais fatores de riscos:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Inatividade física;
- Alimentação inadequada;
- Consumo de bebida alcoólica;
- Idade > 60 anos.
Objetivo
A Estratégia de Saúde Cardiovascular conta com um Instrutivo para profissionais e gestores de saúde na APS para promover e qualificar ações de prevenção, controle e atenção integral às pessoas com DCV e seus fatores de risco no âmbito da APS, orientada a partir de 3 objetivos:
- Qualificar a atenção integral às pessoas com condições consideradas fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) na APS;
- Dar suporte ao desenvolvimento de ações para prevenção e controle das condições consideradas fatores de risco para DCV no âmbito da APS, com ênfase para os casos de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM);
- Promover o controle dos níveis pressóricos e glicêmicos, a adesão ao tratamento e a redução nas taxas de complicações, internações e morbimortalidade por doenças cardiovasculares e seus fatores de risco.