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MEDTROP
Trabalho do Ministério da Saúde após desastres naturais é apresentado durante congresso em São Paulo
Foto: Zeca Miranda/MS
O Ministério da Saúde vem intensificando o diálogo com as mais diversas categorias para concretizar a retomada da saúde no país. Neste domingo (22), na abertura do Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop), em São Paulo, o secretário da Atenção Primária em Saúde (Saps), Felipe Proenço, representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou o trabalho da pasta nos últimos meses, principalmente após as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas em diversas regiões do país.
O congresso, que retorna a São Paulo após 28 anos, ocorre também após graves ameaças que o Sistema Único de Saúde passou nos últimos anos até 2022, período em que o Brasil constava entre os três países das Américas que tinha a possibilidade de retorno da poliomielite e entre os 20 países com menores índices de vacinação de crianças.
"Felizmente estamos saindo dessas listas. O Brasil voltou, a ciência voltou e escutar congressos importantes como este é fundamental. Não tem como discutir saúde, pensar determinação social das questões que envolvem a saúde sem democracia", apontou o secretário. Proenço destacou que o trabalho integrado entre as secretarias do Ministério da Saúde de um sistema da saúde que pensa nos territórios é fundamental para vencer as barreiras e conversar diretamente com o tema escolhido para esta edição do evento, ‘Uma só Saúde’. "Temos 52.540 equipes de Saúde da Família em 5.567 municípios do país. Essa capilaridade que o SUS tem, que as diversas ações têm, apontam para o Brasil Saudável, apontam essa necessidade de uma só saúde, falam dessa importância do SUS".
O Medtrop é um evento multiprofissional, constituído por diversos atores dessa cadeia, como representantes de órgãos governamentais, médicos, pesquisadores, outros profissionais de saúde e estudantes para discutir as doenças tropicais, como doença de Chagas, malária, esquistossomoses, hanseníase, tuberculose, leptospirose e dengue. O Ministério da Saúde vem promovendo intensamente a articulação entre a atenção primária e a vigilância, de modo a promover a integralidade no SUS, onde, também, a promoção em saúde ajuda a reduzir vulnerabilidades e desigualdades, e por consequência serem determinantes no combate às doenças tropicais.
Felipe Proenço citou a ação mais recente do governo em prol deste combate. "Tivemos agora, lançado pela ministra da Saúde e pelo presidente Lula, o plano com relação às arboviroses, reconhecendo, com essas iniciativas, a importância da prevenção, de uma ação integrada, de olhar as ações das secretarias, das políticas públicas mais vinculadas à atenção com a vigilância, de forma conjunta. O objetivo foi mostrar como o SUS está preparado para responder a essas situações", destacou o secretário. Proenço é palestrante em duas mesas no evento - uma que debate a preparação, resposta e resiliência na assistência à saúde em uma emergência em saúde pública, com foco na tragédia climática vivida pelo Rio Grande do Sul; e outra sobre a atuação da Saps em doenças tropicais.
Também estiveram na abertura do congresso Alda Maria Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, representando a secretária de Vigilância em Saúde Ambiente, Ethel Maciel, e o coordenador de Eliminação e Controle de Doenças Transmissíveis da Opas, Miguel Aragon.
Sobre o Medtrop
A Sociedade Brasileira de Medicina Tropical promove o Medtrop desde 1929, evento que nesta 59ª edição deve reunir colaborações nacionais e internacionais de mais de 3 mil pessoas.
Durante o evento, que ocorre até esta quarta-feira (25), estão previstas atividades diversificadas que potencializam a atualização do conhecimento, as colaborações e o desenvolvimento médico-científico. O lema principal será saúde única (One Health/Uma só Saúde), um conceito que reflete a interconexão intrínseca entre a saúde humana, animal e ambiental.
Luciano Marques
Ministério da Saúde