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Pesquisa nacional de saúde bucal tem coleta de dados prorrogada até 30 de agosto
Domicílios de várias cidades brasileiras estão recebendo, desde março, profissionais de saúde para responder perguntas e passar por exames clínicos odontológicos. Trata-se da fase de coleta de dados do SB Brasil, a pesquisa nacional sobre condições bucais da população. Prevista para encerrar no final de junho, a etapa foi prorrogada e continuará até o dia 30 de agosto.
A mudança não interfere no resultado do levantamento. O coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Wellington Mendes Carvalho, explica que “chuvas afetaram setores censitários nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, houve adaptação no treinamento. Estes foram alguns dos fatores considerados para adaptar o cronograma”, explica. “A representatividade dos estados aumentou bastante e alcançará mais de 50 mil pessoas”, ressalta.
Atualmente, 77,7% dos 422 municípios participantes estão na fase da coleta de dados. As cidades que já encerraram essa fase são: Betim (MG), Lavras da Mangabeira (CE), Maués (AM), Itacoatiara (AM), Jaguaquara (BA), Morro do Chapéu (BA), Paulo Afonso (BA), Manacapuru (AM), Itabaiana (SE), Corumbá (MS) e Ipiranga do Norte (MT). No total, 2.375 profissionais de saúde estão se dedicando à pesquisa, sendo 480 na região Norte, 846 no Nordeste, 333 no Centro-Oeste, 600 no Sudeste e 116 na região Sul.
“Se você ou alguém na sua casa faz parte dos grupos etários avaliados e um profissional do SUS bater à sua porta, participe da pesquisa”, convida Wellington. “É por meio desses dados que as gestões municipais, estaduais e federal podem constatar a realidade e, assim, melhorar a oferta dos serviços”, finaliza.
Como funciona
As faixas etárias examinadas na edição atual são: de 5 anos a 12 anos, de 15 a 19 anos, de 35 a 44 anos e de 65 a 74 anos. Primeiro, os participantes (ou responsáveis) são entrevistados sobre a condição socioeconômica, o acesso e a utilização de serviços odontológicos, dor dentária e orofacial, autopercepção e impacto da saúde bucal na vida diária. Depois, o cirurgião-dentista faz o exame físico, que pode identificar urgências.
A coleta de dados é feita por profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), ou seja, já conhecem a comunidade, além de estarem devidamente caracterizados com colete, sacola e/ou crachá do SB Brasil.
Em caso de dúvida, os moradores podem entrar em contato com as secretarias municipais e confirmar os dados dos profissionais. Em decorrência da pandemia de Covid-19, foram reforçadas as medidas de biossegurança com equipamentos de proteção individual (EPI) descartáveis, como aventais, gorros, luvas, máscaras, óculos de proteção, e viseiras de face (face shield).
SB Brasil
O estudo realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está na terceira edição e tem como objetivo avaliar as condições de saúde bucal da população brasileira para subsidiar o planejamento de ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), além de manter uma base eletrônica de dados públicos.
Por meio da pesquisa, é possível identificar as doenças bucais mais prevalentes, como a cárie, a necessidade de próteses dentárias, as condições de oclusão e traumatismo dentário. Para saber mais, consulte os boletins periódicos do levantamento.
Ministério da Saúde