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Ministro reforça papel do SUS e programa de vacinação em evento da OMS e OMC
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro no enfrentamento da pandemia de Covid-19 durante a participação em Painel de Alto Nível, organizado em conjunto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), nesta quarta-feira (21). Com o tema "Expandindo a produção de vacinas Covid-19 para promover o acesso equitativo", o evento contou com a participação de ministros da saúde e do comércio de vários países, de organismos financeiros internacionais, e dos diretores gerais da OMS, Tedros Adhanom; da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala; e da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Daren Tang.
Queiroga iniciou sua participação defendendo a adoção de medidas para expandir a capacidade de produção de vacinas, medicamentos e produtos de saúde em um maior número de países em desenvolvimento, bem como a facilitação de acordos de licenciamento e de transferência de tecnologia.
O ministro também listou ações do Governo Federal para combater a Covid-19, dentre as quais as parcerias que proporcionaram a fabricação de vacinas no Brasil. Ele destacou, ainda, a assinatura do acordo de transferência de tecnologia entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório AstraZeneca, em junho passado, que irá permitir, em breve, a entrega de vacinas 100% nacionais ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
"Mais de 90 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose da vacina Covid-19, totalizando mais de 56% da população vacinável. Ao todo, o Brasil já aplicou mais de 124 milhões de doses da vacina Covid-19, e distribuiu mais de 164 milhões de doses, das quais mais de 110 milhões produzidas no nosso próprio território", disse o ministro.
Em seu discurso, Queiroga apresentou as iniciativas adotadas pelo governo brasileiro que fortalecem a liderança regional do Brasil. O país vem investindo no Complexo Econômico-Industrial da Saúde com destaque para o parque industrial de Santa Cruz, com investimentos da ordem de R$3,4 bilhões de reais.
"Estamos, igualmente, projetando a instalação de laboratório com o mais alto nível de biossegurança disponível, NB-4. Planejamos, também, utilizar as capacidades operacionais produtivas instaladas em laboratórios de saúde animal para a produção de vacinas para humanos", anunciou.
O diretor-geral da OMS pediu a união por um esforço global para vacinar 70% da população mundial até meados do ano que vem. "Assim vamos poder voltar a abrir as portas do mundo para que a vida volte à normalidade", disse Adhanom.
Fernando Caixeta
Ministério da Saúde