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Saúde Indígena
Planejamento e parcerias devem ampliar metas de imunização
Com menos de um mês para o início do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI), as equipes de imunização da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), incluindo os profissionais de todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), preparam, durante esta semana, em Brasília (DF), o planejamento das ações deste ano.
A Reunião Nacional de Avaliação das Ações de Imunizações, que teve início nesta segunda-feira (19), tem o objetivo de avaliar as atividades já realizadas e planejar as ações de 2018, objetivando o aprimoramento das ações de imunização e vigilância epidemiológica das doenças imunopreveníveis nas áreas indígenas.
Durante a abertura do encontro, o Secretário Especial de Saúde Indígena, Marco Antonio Toccolini, destacou que o avanço das ações de prevenção é um dos pilares dos trabalhos nos DSEIs. “Temos que fortalecer incessantemente as ações de imunização. Sabemos de toda a dificuldade em levar insumos e realizar a vacinação nas localidades indígenas, mas tentaremos chegar a todos, seja como for. O intuito é cuidar da saúde para que possamos amenizar o tratamento de doenças, essa é a nossa missão”, afirmou.
Para o diretor de Atenção à Saúde Indígena, Flávio Gomes Júnior, o bom desempenho das equipes de imunização da Sesai resultou em bons números no último ano, e revela o compromisso efetivo dos trabalhadores nas ações. “Um bom planejamento, aliado a nossa capacidade técnica, vai possibilitar ampliar as metas de vacinação nas comunidades indígenas de todo o país, tivemos 95% de cobertura vacinal para febre amarela e mais de 80% das crianças completaram o esquema vacinal”, ressaltou.
As ações de imunização do Ministério da Saúde, por meio da Sesai, também contam com o apoio de parceiros como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), responsável por pesquisas e apoio técnico dessas ações junto ao governo brasileiro. O especialista em saúde familiar e comunitária da OPAS, Guto Vittoy, destaca a missão desafiadora de imunizar a população indígena brasileira.
“Temos que juntar todas nossas forças e parceiros para não deixar que doenças imunopreveníveis (como sarampo e febre amarela) possam surgir e atingir a população indígena, geralmente mais vulnerável. Sabemos das diversas dificuldades enfrentadas, desde a logística às barreiras interculturais, porém, acreditamos no empenho de todos nesse desafio”, destacou.
PNI
Durante o encontro, a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues, compartilhou as ações realizadas e apresentou formas que vão apoiar as ações de vacinação dos povos indígenas. Os objetivos de destaque focam na preocupação diária com o controle, eliminação e erradicação de doenças. "O SUS oferece todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que atende crianças, jovens e idosos. É um programa universal, que visa um único objetivo: o não surgimento de doenças imunopreveníveis”, informou.
Criado em 1973, o PNI tem como missão organizar a política nacional de vacinação, contribuindo para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis. É coordenado pelo MS, de forma compartilhada com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. O Programa é reconhecido internacionalmente como um dos mais avançados do mundo. Já obteve significativas vitórias, como a erradicação da poliomielite e a eliminação da circulação do vírus da rubéola no país. Atualmente, sua maior perspectiva é consolidar-se como uma política pública efetiva na melhoria da expectativa de vida da população brasileira.
Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai
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