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Ministério da Saúde promove prevenção ao HIV/aids no Lollapalooza 2018
Casal camisinha distribuirá preservativos e informações sobre a doença dentro do metrô que leva o público ao festival
Quem for ao Lollapalooza 2018 de metrô, este final de semana, em São Paulo, receberá informações sobre prevenção ao HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. Casal vestido de camisinha estará dentro do metrô, não apenas distribuindo os preservativos, como também promovendo a prevenção ao HIV/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Acompanhando o casal, uma banda de músicos fará o “esquenta” para os três dias de boa música que movimenta São Paulo este final de semana (23 e 25 de março). Este ano, serão distribuídas, durante os três dias do evento, cerca 500 mil camisinhas. Além das ações no metrô, o Ministério da Saúde divulga campanha publicitária para prevenção combinada contra o HIV. Sob o conceito, “Vamos Combinar? Prevenir é viver o show!”, as peças, para esta etapa seguem o padrão da campanha lançada no primeiro de dezembro, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Aids, sempre se adaptando ao evento e ao público, além de contar com ações diferenciadas para estimular a prevenção no público jovem.
Para conhecer todas as peças deste ou dos demais estágios da campanha, basta acessar o site www.saude.gov.br/vamoscombinar . Os esforços de comunicação que começaram no carnaval, estarão presentes não só em São Paulo, durante o Lollapalooza, mas continuarão até junho, durante a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e as Festas Juninas, no Nordeste.
Crédito: Rodrigo Nunes/MSPANORAMA
De forma geral, os casos de aids e a mortalidade provocada pela epidemia estão caindo no Brasil, segundo dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado no final do ano passado, durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A publicação indica que em 2016 a taxa de detecção de casos de aids foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes – uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando era registrado 19,5 casos. Com relação à mortalidade, há uma queda de 7,2%, a partir de 2014, quando foi ampliado o acesso ao tratamento para todos. Passando de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes para 5,2 óbitos, em 2016.
Para a diretora do Departamento de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, “esses resultados demonstram a assertividade da política de assistência do Ministério da Saúde”, que ampliou o diagnóstico do HIV, diminuiu o tempo para iniciar o tratamento, aumentou o leque de opções de prevenção aos brasileiros. “No entanto, temos uma preocupação especial com o público, que, por não ter vivido os tempos mais duros da aids, muitas vezes, descuidam da prevenção e do uso dos preservativos”, explicou a coordenadora.
O perfil da aids revelado pelo dados demonstra que, nos últimos dez anos, os casos têm aumentando entre jovens. A taxa de detecção de casos por 100 mil habitantes quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 10 mil habitantes, em 2006, para 6,7 casos, em 2016 – um aumento de 175%. Já entre os homens de 20 a 24 anos, a taxa mais que duplicou, passando de 16 casos de aids por 100 mil habitantes, em 2006, para 33,9 casos em 2016 – um aumento de 111%.
PREVENÇÃO COMBINADA
Além de distribuir gratuitamente preservativos, o Ministério da Saúde oferta tratamento pós-exposição ao HIV, a chamada PEP (Profilaxia Pós-Exposição). O medicamento está disponível em 151 serviços de 115 municípios com mais de 100 mil habitantes. Desde 2009, a oferta cresceu cinco vezes, passando de 10.963 para 57.714 medicamentos distribuídos em 2016. Nos primeiros seis meses de 2017, foram 32.559 enviados tratamentos.
Além disso, a partir deste ano, as populações com maior vulnerabilidade à infecção terão acesso ao tratamento pré-exposição (PrEP). O Ministério da Saúde adquiriu 3 milhões e 600 mil comprimidos para abastecimento de um ano. A oferta será gradativa: em 2017, 35 serviços em 22 municípios receberão o medicamento e outros 16 estados iniciarão em 2018. Os medicamentos serão para homens que fazem sexo com homens, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e casais sorodiferentes em situação de vulnerabilidade à infecção.
Por Agência saúde
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