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Caso suspeito é descartado, após segundo exame negativo
O Ministério da Saúde informa que o segundo exame para diagnóstico do paciente suspeito de infecção pelo vírus Ebola também apresentou resultado negativo. Com isso, o caso está descartado e será notificado à Organização Mundial da Saúde, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), segundo previsto no Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
Após o resultado do exame, realizado pelo Laboratório de vírus respiratório e sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), o paciente foi liberado do isolamento e receberá alta da internação no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ/RJ). O Ministério da Saúde já comunicou a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais sobre o resultado do exame e as 95 pessoas que tiveram contato com o paciente e estavam sendo acompanhadas já foram liberadas do monitoramento.
O Ministério da Saúde ressalta que o Sistema Único de Saúde (SUS) adotou todos os procedimentos necessários para a interrupção de uma possível cadeia de transmissão do vírus, seguindo o Regulamento Sanitário Internacional. Cabe destacar que todas as medidas de vigilância para identificação de um possível caso suspeito serão mantidas. Qualquer pessoa que chegar da Guiné (África), único país com transmissão ativa do vírus Ebola atualmente, e apresentar febre até 21 dias após a chegada ao Brasil, será considerada caso suspeito e ser isolada imediatamente para aplicação do protocolo internacional.
O CASO – O homem brasileiro, de 46 anos, saiu da Guiné (África Ocidental), retornou ao Brasil em 06/11 e começou a apresentar sintomas como febre alta, dor muscular e dor de cabeça no último dia 8/11. Na noite do dia 10/11, às 20 horas, ele foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento da Pampulha, em Belo Horizonte. Na quarta-feira (11/11), ele foi transportado para Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/FIOCRUZ/RJ), referência nacional para os casos de Ebola, seguindo protocolo de tratamento.
O Ebola é uma doença grave, muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 50%. O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. A origem do vírus é desconhecida, mas os morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados os hospedeiros prováveis do vírus Ebola.
A pessoa infectada só transmite o vírus quando apresenta os sintomas. O Ebola só é transmitido através do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes.
Para preservar a privacidade do paciente e direitos legais, as autoridades sanitárias reforçam que a identidade deve ser preservada e não deve ser divulgada pela imprensa e demais mídias.
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