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Saúde Indígena
Antônio Alves apresenta plano estratégico da Saúde Indígena a funcionários da Pasta
Gestores e funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) reuniram-se, nesta quarta-feira (10), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, para um debate sobre os objetivos e estratégias que deverão nortear os trabalhos das equipes durante este ano e no próximo quadriênio. A apresentação do Planejamento Estratégico foi feita pelo secretário Antônio Alves de Souza e por diretores da Pasta. O objetivo do encontro foi socializar com os profissionais as estratégias construídas em três grandes momentos e com a participação dos principais atores da Saúde Indígena: gestores e equipes do nível central, coordenadores dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) e o controle social.
“Queremos que cada um de vocês conheça o Plano e possa se sentir integrante desse processo e das ações que serão desenvolvidas para alcançar nossos objetivos”, afirmou o secretário. Alves também lembrou que o trabalho da Sesai vem se estruturando ano a ano e fortalecendo a atuação dos DSEIs, de acordo com as necessidades de cada um. “Nossa missão é apoiar o trabalho daqueles que fazem a Saúde Indígena acontecer na ponta. Não tem nos faltado suporte do Ministério da Saúde, que compreende bem as especificidades da Secretaria porque sabe que é nossa responsabilidade garantir e implementar as ações de atenção básica aos povos indígenas”, acrescentou Alves.
RESULTADOS ESPERADOS
Rozângela Camapum, da Coordenação Geral de Planejamento e Orçamento (CGPO), informou que dos 35 resultados esperados pela Sesai, em 2015, oito são monitorados diretamente pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro. “Além disso, dos 101 produtos que devem ser entregues este ano, 44 serão acompanhados pelo secretário Antônio Alves; outros 57 por gestores da Pasta. O planejamento da Secretaria é muito mais amplo do que esta versão apresentada hoje, mas essas estratégias aqui são consideradas essenciais”, pontuou.
Uma das estratégias pactuadas no Plano diz respeito à produção de normas, protocolos, manuais e diretrizes da saúde indígena, de acordo com as especificidades dos 305 povos existentes no Brasil. A diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), Danielle Cavalcante, disse que os manuais até já existem, mas não se adequam à realidade indígena. “Nós entendemos que a saúde indígena não pode ficar fora do que preconiza a saúde pública. Por isso, vamos adaptar todo o conteúdo para que esses materiais possam, efetivamente, auxiliar nossas atividades. Só este ano, serão publicados manuais sobre Saúde Bucal e Povos Isolados”.
Outra medida é um termo de cooperação com a Universidade de Brasília (UnB), visando à realização de um estudo de logística para o transporte nos DSEIs. “A equipe da Universidade vai visitar todos os 34 distritos e fazer uma pesquisa completa sobre a distribuição dos Polos Base, das Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e das Casas de Saúde Indígena (Casai).
Esse mapeamento será muito importante quando formos montar um plano de transporte local e adquirir veículos para determinadas regiões”, disse Antônio Alves. Para o diretor do Departamento de Gestão da Saúde Indígena (DGESI), Rafael Bonassa, este é mais um trabalho importante que vai ajudar a consolidar o trabalho da Saúde Indígena. “Vocês têm caminhos e objetivos muito bem definidos, que serão atingidos ou não a depender do esforço de cada um. Espero que todos nós possamos avançar muito nesse trabalho”, finalizou Rafael.