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Saúde Indígena
Vencedores do Concurso de Narrativas do MS ganham almoço especial
A segunda-feira (9) foi dia de almoço especial na Casa de Saúde Indígena (CASAI) do Distrito Federal (DF). Os vencedores do 1º Concurso Cultural de Narrativas do Ministério da Saúde (MS), Jorge Alberto Lima e Justiniano Ferreira, primeiro e segundo lugares respectivamente, foram recebidos pelo secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, e pela coordenadora Geral de Gestão de Pessoas (CGESP/SAA/SE), Elizabete Vieira, para um almoço especialmente preparado pelos indígenas assistidos na unidade. Peixe assado, batata doce e farofa foram alguns dos pratos servidos.
A escolha da premiação considerou as ações e políticas de saúde desenvolvidas pelo Ministério, informações que pudessem contribuir com o crescimento e a trajetória dos trabalhadores premiados. “O nosso objetivo não era premiar com alguma coisa material, mas algo que pudesse dar sentido para o próprio trabalhador em relação ao Ministério da Saúde. Entendemos que esse prêmio era muito mais importante como uma forma de valorização do trabalho, um espaço de criação para que eles conhecessem outras realidades dentro do MS”, afirmou Elizabete Vieira.
Para o secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, a escolha da premiação na Casai foi importante, pois permite que profissionais de diferentes áreas do Ministério conheçam as ações desenvolvidas pelo subsistema de saúde indígena (SasiSUS). “Como a Sesai tem apenas quatro anos, a maioria dos servidores não tem a consciência de que o Ministério da Saúde tem um órgão que cuida de povos especiais: os 305 povos indígenas do Brasil. Esperamos, com isso, que eles divulguem entre colegas de trabalho, na roda de amigos, que esta é uma área que existe, é de responsabilidade do Governo Federal e que temos muito orgulho de poder dirigir”, afirmou o secretário.
“É muito bom ver essa realidade de perto [da saúde indígena]. Eu mesmo não conhecia. O que mais me chamou atenção é essa diversidade. Antes, a saúde indígena era negligenciada e agora recebe uma atenção maior”, salientou o odontólogo Jorge Alberto Lima, autor do conto vencedor “A fábula da judicialização”.
Para o administrador Justiniano Ferreira, que arrematou o segundo lugar com a narrativa “O SUS, o trabalhador da saúde e a cidadania”, se o desafio no SUS está no volume, na saúde indígena está na diversidade. “Conseguir reunir esforços, alocar recursos e atender uma demanda tão diversa é um desafio hercúleo, não é uma coisa simples de fazer”.
Ele acredita que o concurso é uma forma de reforçar a pauta da educação permanente na medida em que estimula a participação ativa dos trabalhadores, que se reconhecem como agentes de transformação. “Você perceber o contexto em que está inserido é importantíssimo”.
O Concurso
Em outubro de 2014, o Coletivo MS, coordenado pela Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (CGESP/SAA/SE), promoveu o 1º Concurso Cultural de Narrativas do MS, uma ação de valorização do trabalho e do trabalhador da saúde. A ação fez parte da semana de comemoração ao Dia do Servidor e as narrativas deveriam responder à pergunta: “Como o meu trabalho no Ministério da Saúde contribui para fortalecer o SUS?”.
Por Déborah Proença
Foto: Luís Oliveira/Sesai-MS