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PREVENÇÃO
Piauí registrou 683 novos casos de hanseníase em 2022
No último ano, o estado do Piauí, localizado na região nordeste do Brasil, registrou preliminarmente 683 novos casos de hanseníase, doença infecciosa que atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos. No total, o país registrou mais de 17 mil novas ocorrências. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os dados alertam para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas.
Para o enfrentamento da doença, a ministra anunciou que a partir do mês de fevereiro, o Ministério da Saúde dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase. As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido (sorológico) e o teste de biologia molecular (qPCR).
A ministra reforçou a importância do combate à desinformação e ao preconceito, assim como de batalhar pela transversalidade da atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas. Por isso esse seminário é tão importante. O esforço conjunto no combate à infecção é essencial para vencer uma doença que, historicamente, é carregada de estigma", comentou.
Conheça os sinais e sintomas
Os mais frequentes são:
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
- Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
- Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Diagnóstico
Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral, dermatológico e neurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.
Ministério da Saúde