O Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras – CNLGBTQIA+ com profundo pesar lamenta o ocorrido na Escola Estadual Sapopemba e estende sua solidariedade às famílias de todas as vítimas. Lamentavelmente, vemos, mais uma vez, o preconceito, a intolerância, a homofobia, o bullying e o ódio perpetrando mais vítimas em nossa sociedade, ceifando as vidas de nossa juventude e levando nossos jovens ao extremo, na tentativa de colocar fim às violências sofridas.

       O bullying vem se tornando uma das práticas de violências mais difundidas nas escolas, sendo caracterizadas por ações de abuso repetido, justificado como uma “brincadeira”, mas que produz sofrimentos por vezes irreversíveis. Embora o bullying esteja tão marcado nas instituições de ensino, ele se trata de uma problemática social e de saúde afetando o bem-estar das vítimas. A prática de bullying, associada à LGBTQIA+fobia, embasadas na intolerância e no desrespeito às identidades e diversidade sexual e de gênero devem ser combatidas nas escolas; nesse sentido, as escolas devem assumir o papel de orientar, reconhecer a diversidade existente e criar um espaço de sociabilidade que seja seguro a todos estudantes.

      Esse Conselho, que defende os direitos das pessoas LGBTQIA+, se dispõe a construir, em conjunto com outras instituições educacionais, normativas e campanhas destinadas à promoção e à defesa das pessoas LGBTQIA+ nas escolas, bem como fortalecer campanhas de combate a todas as formas de violência que se apresentam no sistema educacional.

Janaina Oliveira

Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+