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Senacon debate com Conselho Federal de Nutricionista o avanço no mercado ilegal de suplementos alimentares
Foto: Isaac Amorim/MJSP
Brasília, 13/06/2024 - A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), recebeu na tarde desta quinta-feira (13), o presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), Élido Bonomo, para tratar do mercado ilegal de suplementos alimentares, que representa uma ameaça significativa para a saúde pública.
Para o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, é fundamental reconhecer a gravidade do comércio clandestino e os impactos para a saúde dos consumidores. “É imperativo que estabeleçamos uma parceria sólida com o Conselho Federal de Nutricionistas, compartilhando informações, recursos e estratégias para combater essa ameaça crescente. Tudo para que juntos possamos garantir que os consumidores recebam orientações confiáveis e tenham acesso a produtos de qualidade, promovendo assim a saúde e o bem-estar de todos”, disse.
Com preços atrativos e promessas de resultados rápidos, os suplementos ilegais atraem consumidores em busca de soluções fáceis para uma variedade de objetivos, desde perda de peso até ganho muscular e aumento de energia. No entanto, esses produtos muitas vezes contêm ingredientes não regulamentados e não declarados, incluindo esteroides anabolizantes, estimulantes perigosos e substâncias farmacêuticas prescritas, que podem causar danos graves à saúde.
Parceria
Na avaliação do presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Élido Bonomo, “a parceria com a Senacon é de extrema importância para que o consumidor de todo o país esteja informado e não caia na cilada, que são a pirataria, a falsificação, a adulteração de alimentos, especialmente os suplementos alimentares”. “Estamos à disposição para colaborar, estabelecer ações, mecanismos para que os consumidores tirem suas dúvidas, de forma acessível, e tenham tranquilidade em consumir produtos com qualidade”, ressaltou.
O consumo desses suplementos ilegais está associado a uma série de riscos para a saúde, que vão desde efeitos colaterais desagradáveis, como palpitações cardíacas e distúrbios gastrointestinais, até complicações mais graves, como danos hepáticos, renais e cardiovasculares. Além disso, muitos desses produtos são fabricados em condições precárias e sem qualquer supervisão regulatória, o que aumenta o potencial de contaminação por substâncias tóxicas e nocivas.
De acordo com o secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), Andrey Corrêa, a conscientização da população sobre os riscos envolvidos e a implementação de regulamentações mais rigorosas para garantir a segurança e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado são fundamentais para a mitigação dos danos causados pelo mercado ilegal de suplementos alimentares.
“Os consumidores devem sempre procurar produtos de fontes confiáveis e estar cientes dos sinais de alerta que podem indicar a presença de produtos ilegais ou fraudulentos. Ao mesmo tempo, é essencial continuarmos a investir recursos na fiscalização e na aplicação da lei para desmantelar as operações ilegais”, destacou.
Também participaram da reunião a diretora-secretária do CFN, Manuela Dolinsky, e a coordenadora da Unidade Técnica do Conselho, Caroline Romeiro.