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Preparados para tudo: Força Nacional completa 18 anos nesta terça-feira
Brasília, 29/11/2022 - Quando perguntamos para uma criança o que ela quer ser quando crescer é normal recebermos como resposta bombeiro, policial, astronauta, professor. Agora se perguntarmos para um adulto que está em uma força de segurança estadual, Policia Militar, Civil ou bombeiro, a resposta é: “quero fazer parte da Força Nacional da Segurança Pública (FNSP)”.
E é assim, para fazer parte do maior programa de mobilização nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) tem que querer e aceitar todos os desafios que chegam. O primeiro deles, o curso de Instrução de Nivelamento de Conhecimento. A INC capacita os profissionais de segurança pública, utilizando conceitos, técnicas e procedimentos padronizados pela diretoria da FNSP e tem a missão de nivelar os conhecimentos operacionais e de investigação criminal.
Comemorando os 18 anos nesta terça-feira (29), a Força promoveu 130 INC's neste período e mais de 53 mil profissionais já foram mobilizados. Nestes anos, a FNSP atuou em 503 operações - de policiamento e missões humanitárias, como no caso de em Brumadinho (MG), que atuaram no resgate e identificação de corpos.
Pode-se citar também o emprego na identificação de vítimas de desastre em massa, no deslizamento de terra ocorrido em 2011, na região serrana do Rio de Janeiro, onde mais de 900 pessoas morreram. Missões internacionais em Moçambique, onde em 2019 aconteceu a passagem de um ciclone tropical e no Haiti, em 2021, quando um terremoto atingiu o país, também podem ser citadas.
A Força também atuou em grandes eventos como: Copa das Confederações em 2013; Jornada Mundial da Juventude também em 2013; Copa do Mundo em 2014; Evento Teste das Olimpíadas e Olimpíadas e Paraolimpíadas/RIO 2016.
Como os mobilizados podem atuar em qualquer lugar do país, não só em seus estados de origem, passam por treinamentos imersivos em regiões de fronteira e em diversos biomas. Além de serem reproduzidas, com o máximo de fidelidade possível, as mais diversas situações operacionais. Existem também as formações em Identificação de Vítimas de Desastres em Massa; Segurança e Proteção de Autoridades; Operações de Choque; Controle de Distúrbios Civis, e Operações Especiais.
Bepe
Como os mobilizados podem vir de todos os estados, a FNSP dispõe de um espaço no Gama, região administrativa de Brasília, onde fica o Batalhão Escola e Pronto Emprego (Bepe). No local, os servidores fazem vários treinamentos como de atendimento pré-hospitalar tático, de tiro e outros operacionais e também recebem aulas teóricas sobre vários temas, incluindo direitos humanos.
Atuação
A Força Nacional de Segurança Pública trabalha em cooperação com os estados, pois é inspirada no modelo de intervenção pela paz das Organizações das Nações Unidas (ONU), cuja atuação baseia-se na cooperação entre países-membros para a resolução de conflitos.
A FNSP pode ser solicitada, via ofício ao MJSP, pelos governadores e também por órgãos parceiros como a Fundação Nacional do Índio (Funai), e as forças de segurança federais, Polícia Federal e Rodoviária Federal. “Hoje, a Força atua de maneira muito forte em quatro eixos centrais: a mobilização, sempre temos novos profissionais de segurança chegando para compor a nossa tropa. O eixo da capacitação, da logística e o de operações”, ressalta o secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), coronel Renato Paim.
Atualmente, a Força Nacional possui 47 operações em andamento pelo Brasil, tendo como destaque, 19 operações em apoio a Fundação Nacional do Índio (Funai) e à Polícia Federal na proteção das terras indígenas, dez operações em apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no combate aos crimes ambientais, como desmatamento ilegal, e nove operações em apoio ao Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Paraná, Piauí e Roraima e no Combate aos Incêndios Florestais, dentre outros.
Refugiados
Neste ano, a FNSP integrou a Operação Acolhida e fez parte de um esforço multi agências do Governo Federal com viés humanitário, mas desta vez atuaram na identificação de refugiados que chegavam em grande quantidade à capital Boa Vista (RR) e à cidade fronteiriça de Pacaraima (RR), vindos da Venezuela. O emprego aconteceu em apoio à Delegacia de Imigração da Polícia Federal.
Em presídios
Entre 2017 e 2020, mobilizados da Força Nacional atuaram em Mossoró, quando houve uma rebelião violenta e 26 presos morreram de forma trágica. No local, fizeram ações de policiamento e vigilância no perímetro interno da penitenciária.
Em 2019, reforçou a segurança dos sistemas penitenciários do Amazonas e de Roraima. Naquele ano, também aconteceram rebeliões que resultaram na morte de cerca de 100 presidiários. Nos dois estados, os mobilizados fizeram a segurança do entorno das penitenciárias, apoiaram barreiras, na recaptura de criminosos e na escolta e guarda de presos. As atuações aconteceram em apoio aos governos estaduais e ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Ceará
Em 2020, a Força foi enviada para Fortaleza, a pedido do governador do estado. Naquele ano, os policiais iniciaram movimento de greve, e os mobilizados atuaram no policiamento ostensivo e, se necessário, repressivo, a fim de proteger a população cearense.