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Polícia Civil deflagra operação para reprimir fraude bancária no Pará com apoio do Ministério da Justiça
O prejuízo para as vítimas que fizeram depósitos por engano é estimado em R$300 mil
Publicado em
06/09/2022 07h00
Atualizado em
06/09/2022 00h18
Brasília, 6/9/2022 (MJSP) - Um conhecido golpe de pedir dinheiro em nome de outra pessoa levou a Polícia Civil do Pará a deflagrar, nesta terça-feira (6), a Operação Arlequim. O apoio técnico é do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Ciberlab). A fraude gerou um prejuízo de R$ 300 mil recolhidos das pessoas que fizeram o depósito por engano.
A ação faz parte de uma investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Xinguara, pertencente à Superintendência do Alto Xingu, no interior do Pará. O objetivo da operação é reprimir crimes de estelionato na modalidade fraude eletrônica.
Nesta etapa, estão sendo cumpridos, por determinação judicial, 12 mandados de busca e apreensão em cinco estados: São Paulo, Distrito Federal, Ceará, Piauí e Pará, com a colaboração das respectivas polícias civis.
Golpe
As investigações iniciaram quando o número de telefone de um médico, que trabalha e reside no sudeste do Pará, foi habilitado em outro aparelho, sem autorização. A partir daí, os criminosos começaram a enviar mensagens solicitando dinheiro a pessoas próximas.
São alvos da operação, além dos fraudadores, indivíduos que de alguma forma alugaram ou emprestaram suas contas bancárias para o recebimento indevido de valores subtraídos das vítimas.
Penalidades
No Brasil, a pena para quem pratica esse crime é de reclusão, de quatro a oito anos, e multa (art. 171, §2º-A do Código Penal Brasileiro). Os investigados podem ser indiciados, ainda, por associação criminosa (art. 288 – CP) e lavagem de capitais (art. 1º - Lei 9.613/1998).
Arlequim
O termo faz alusão à figura do farsante, impostor que, fingindo ser a vítima, solicita valores a pessoas próximas, causando diversos prejuízos.