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MJSP participa da “Operação Flash Back” para combater organização criminosa em oito estados
Brasília, 27/11/2019 – Com a participação da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a “Operação Flash Back” cumpre, nesta quarta-feira (27), 110 mandados de prisão em oito estados com o objetivo de combater o principal núcleo de uma organização criminosa. Foram sete meses de investigação que mostraram execuções sumárias de rivais ou inocentes, sequestros, tráfico de drogas e assaltos.
A coletiva, em Alagoas, contou com a participação do secretário de Operação Integradas adjunto, José Washington Luiz e do coordenador-geral de Combate ao Crime Organizado da Secretaria de Operação Integradas do MJSP, Wagner Mesquita.
O MJSP participou do trabalho de análise para identificar os alvos estratégicos da operação, além de auxiliar no reforço às equipes de investigadores. A partir de agora será dado apoio na perícia dos materiais apreendidos, na coleta de material genético para inserção no Banco Nacional de Perfis Genéticos, além de oferecer vagas no Sistema Penitenciário Nacional, caso seja necessário.
"Nossa atuação segue a diretriz do ministro Sergio Moro de dar suporte e apoio para potencializar o trabalho das polícias estaduais no combate ao crime organizado", afirmou o coordenador-geral de Combate ao Crime Organizado da Seopi/MJSP, Wagner Mesquita.
Segundo o secretário de Operações Integradas adjunto, José Washington Luiz, essa foi a primeira operação integrada que a SEOPI participou prestando todo o apoio.
“Em abril estive em Maceió e, durante uma visita ao secretário Lima Junior, passei a ver que existia um trabalho que tinha um potencial enorme que envolvia facções criminosas espalhadas por todo o Brasil, então foi aí que ofereci o nosso apoio e estamos vendo hoje a deflagração de uma operação importantíssima para o Brasil”, destacou
A Operação Flashback realizou, até o início da tarde, a prisão de 81 envolvidos diretamente com a facção criminosa. Dos 66 mandados de prisão expedidos em Alagoas, até o início da tarde desta quarta-feira, 49 prisões foram contabilizadas nas cidades de Arapiraca, Girau do Ponciano, Igreja Nova, Japaratinga, Maceió, Penedo, Rio Largo, Santana do Ipanema.
A Operação conta com a participação da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério Público do Estado de Alagoas, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), 17ª Vara Criminal da Capital, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Secretaria de Ressocialização e Inserção Social (Seris). Os mandados estão sendo cumpridos nos estados de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe. Deste total, 66 mandados de prisão são cumpridos em Alagoas.
Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Estado da Segurança Pública, Lima Junior, destacou a importância da operação, deflagrada em nível nacional, e enalteceu a integração entre as forças policiais e demais órgãos envolvidos na Segurança Púbica.
“Essa mesa representa bem o que é a Segurança Pública, uma integração com todos os órgãos, desprovida de qualquer tipo de vaidade, com o objetivo único de defender a sociedade. São operações como essa que, sem dúvida alguma, enaltecem o trabalho da Inteligência da Segurança Pública, junto com os demais órgãos de inteligência”, afirmou.
O objetivo do trabalho é combater o principal núcleo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de onde saem ordens de justiçamento para todo o Brasil.
A operação originária em Alagoas parte para o enfrentamento ao PCC não com o propósito de apreender armas e drogas, mas de isolar os líderes da nova estrutura, que tem como caraterística a truculência no ‘tribunal do crime’, com mortes bárbaras pelo Brasil, inclusive em Alagoas, com maiores registros em Maceió e região Metropolitana. De acordo com as investigações, o ‘tribunal do crime’ é formado pelos que detém maior poder ou funções privativas dentro da facção.
Para garantir o cumprimento de todos os mandados de prisão e demais trâmites cartorários, cerca de mil policiais civis e militares de Alagoas e de outros estados foram empregados na operação.