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Brasil e Colômbia pretendem firmar cooperação sobre informações migratórias
Ministro Raul Jungmann com ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Trujillo. Foto: MRE/Co
Bogotá, Colômbia, 22/08/2018 – Com o propósito de fortalecer os laços de cooperação entre Brasil e Colômbia, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, se reuniu, nesta quarta-feira (22). em Bogotá, com o ministro de Relações Exteriores colombiano, Carlos Trujillo. Na pauta, colaboração no combate ao crime organizado, segurança nas fronteiras e assuntos migratórios.
De acordo com o ministro Raul Jungmann, os dois países devem assinar um acordo de cooperação sobre informações migratórias. Ambos têm recebido diariamente grande número de cidadãos venezuelanos.
“Abordamos a necessidade de fortalecer e encontrar uma saída regional para o problema das migrações venezuelanas. Ouvimos do chanceler a disposição de levar o tema à Organização dos Estados Americanos (OEA) sob o aspecto humanitário, como podemos ordenar essa migração e atender à crise humanitária da Venezuela, que é um problema de todos os países da região”, afirmou.
Raul Jungmann também ressaltou a importância do fortalecimento da Ameripol, comunidade das Polícias das Américas, para permitir atuação integrada de inteligência e operação contra a criminalidade na América do Sul, seguindo modelos como a Interpol e a Europol.
“Nós estamos juntando esforços para fazer com que as nossas polícias sejam mais efetivas no combate ao crime organizado”, destacou Jungmann.
Em Bogotá, o ministro da Segurança Pública também participou de reuniões no Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC) com o objetivo de traçar ações para enfrentar o problema das drogas e seus reflexos sociais. Além disso, Jungmann foi recebido pelo ex-presidente colombiano, Cesar Gaviria, com quem reforçou a necessidade de integração no combate as drogas e criminalidade.
Experiência de Medellín
A experiência da cidade colombiana de Medellín no enfrentamento ao crime organizado, com ações de segurança cidadã foi apresentada ao ministro da Segurança Pública brasileiro por autoridades do país vizinho.
No passado, Medellín chegou a ser considerada a cidade mais violenta do mundo, com mais de 380 mortes para cada 100 mil habitantes. O índice foi reduzido para 25 homicídios para cada 100 mil habitantes. Jungmann esteve reunido com o comandante da Polícia Metropolitana de Medellín, Oscar Gómez.
No encontro com o prefeito de Medellín, Federico Andrés, ficou acertada a realização de encontros alternados, em Medellín e Rio de Janeiro, para intercâmbio de experiências. A ideia é realizar a primeira edição ainda este ano, no Rio de Janeiro. A ideia é que o modelo possa ser aproveitado também por outras cidades brasileiras.
“Eles nos mostraram a dinâmica das gangues e como as informações de inteligência, operações policiais e ações articuladas nas áreas de saúde, educação, cultura, esportes, principalmente dirigidas à juventude, ajudaram na queda dos índices de criminalidade. Isso prova que podemos fazer algo, evidentemente ajustado para a realidade das cidades brasileiras”, afirmou Jungmann.
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