Comissão de Anistia promove mostra Marcas da Memória em Nova Iorque
Brasília, 5/5/14 – De 5 a 8 de maio, a Comissão de Anistia leva a mostra de cinema Marcas da Memória para Nova Iorque, nos Estados Unidos, levanta o debate sobre arte, memória e resistência. O projeto é uma parceria entre a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (SNJ/MJ), Consulado do Brasil na cidade de americana, a New York University e John Jay College of Criminal Justice.
A mostra irá exibir filmes produzidos pelo Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça do Brasil, alusivos à memória dos 50 anos do Golpe Militar de 1964. Em seguida haverá debates com os diretores e produtores culturais dos documentários. Também haverá exposição, mesas de debates e seminário.
Acompanhe a programação.
Dia 5/5
14h Exibição do Filme “Eu me Lembro”
Diretor: Luiz Lobo
Produtor: Daniel Souza
16h Exibição do Filme “Repare Bem”
Diretora: Maria de Medeiros
Produtora: Ana Petta
Dia 6/5
14h Exibição do Filme “Os Advogados contra a Ditadura”
Diretor: Silvio Tendler
Produtora: Caliban Produções Cinematográficas
16h Exibição do Filme “Militares pela Democracia”
Diretor: Silvio Tendler
Dia 7/5
14h Exibição do Filme “70”
Diretora: Emília Silveira
Produtor: Jom Tob Azulay
16h Sessão de Homenagem ao cineasta Haskel Wexler, diretor de “Brazil: a report on torture”
17h30 Lançamento da Exposição “Sala Escura da Tortura” do Projeto “Marcas da Memória” da Comissão de Anistia do MJ integrante da “Bearing Witness Art and Resistence in Cold War Latin American”, com o artista Gontran Guanaes Netto e Lucia Alencar da Fundação Frei Tito Alencar
Dia 8/5
9h30 Seminário "Resistência e transição — Cultura, memória e a Ditadura Militar no Brasil”, promovido pelo Instituto Hemisférico de Performance e Política da New York University, pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça do Brasil, e pelo Consulado Geral do Brasil em Nova York.
O seminário explora o papel que a arte desempenhou no contexto da Ditadura Militar no Brasil, tanto na resistência ao regime quanto na construção de narrativas coletivas no processo de transição do pós-ditadura. Ao lembrarmos neste ano dos 50 anos do golpe militar de 1964, somos confrontados não só com as marcas que o regime de repressão nos deixou, mas também com a maneira peculiar com que o processo de transição se deu no Brasil. Enquanto em outros países da América Latina mecanismos oficiais de reparação se seguiram com relativa urgência aos regimes de repressão, no Brasil a lógica da transição controlada que o regime militar conseguiu impor resultou em 27 anos entre o fim do regime militar e a aprovação da criação da Comissão Nacional da Verdade pelo governo Dilma Rousseff, em 2012. Desde 2001, com a criação da Comissão de Anistia, mecanismos de reparação foram gradualmente criados com o fim de suprir essa lacuna, mas esse longo atraso deixou um vácuo na necessidade da nação de processar as memórias desse tempo conturbado e de construir narrativas coletivas que pudessem se contrapor às narrativas oficiais violentamente impostas durante os 20 anos de repressão e censura.
O seminário, que acontece no dia 08/05, na New York University, apresenta duas mesas redondas, uma sobre arte e resistência durante o período da ditadura militar, e outra sobre arte e memória no processo de transição:
9h30 Abertura
10h Mesa de Debates “A Arte da Resistência e a Ditadura Militar”
- James Green é professor da Brown University
- Silvio Tendler é cineasta e produtor
- Estrelitta Brodsky é curadora de Arte Latino-americana do Metropolitan Museum of Art
11h30 Mesa de debates sobre Arte, memória e transição no pós-ditadura
- Paulo Abrão é Secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça;
- Rebecca Atencio, professora da Tulane University
- Marcos Steuernagel é doutorando em Estudos da Performance pela New York University e pesquisador do Instituto Hemisférico de Performance e Política.
Curta facebook.com/JusticaGovBr
www.justica.gov.br
imprensa@mj.gov.br
(61) 2025-3135/3315