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Caravana no Recife anistia jovens mortos na ditadura
Recife, 10/3/14 – Nesta segunda-feira (10), o Brasil quitou uma dívida com seu passado. Foram homenageados na capital pernambucana 29 pernambucanos perseguidos políticos, entre eles familiares de Miguel Arraes, governador deposto pelo regime militar. Também foram anistiados dois jovens assassinados em 1964, durante o primeiro dia do Regime Militar.
Ao participar de manifestações populares realizadas no dia 1º de abril de 1964, em Recife (PE), os jovens Jonas José de Albuquerque Barros e Ivan da Rocha Aguiar tentaram evitar o golpe militar. Mesmo rendidos e desarmados, eles foram assassinados a tiros por policiais.
Homenagens
Entre os homenageados estavam David Capistrano da Costa - nome de destaque na saúde pública no Brasil - e Dom Helder Câmara, símbolo da resistência ao regime militar em Pernambuco.
Juntamente com seus familiares, Mariana, Carmen e Maurício, Ana Arraes ressaltou a impossibilidade de reparação total ao sofrimento por que passou sua família. "Ninguém pode reparar o irreparável. A reparação do perseguido é a vida", expressou Ana.
A homenagem abriu a 78ª Caravana da Anistia, que integra o Congresso Internacional 50 Anos do Golpe e a agenda da Justiça de Transição no Brasil. O evento começou nesta segunda (10) e prossegue até sexta (14) na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
Anistia política é a retratação do Estado como reparação por crimes cometidos em virtude de atos de exceção praticados por agentes públicos. Para ver seus direitos reconhecidos, a vítima deve solicitar na justiça a anistia, que pode incluir reparação econômica.
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Ministério da Justiça
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