Banco de perfis genéticos reúne mais de 2.500 amostras e já auxiliou 71 investigações no Brasil
Brasília, 20/3/2015 – A identificação de criminosos e o auxílio de investigações com o uso de bancos de perfis genéticos já é realidade em pelo menos 18 unidades da Federação que participam da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A Rede foi criada em 2009 por uma iniciativa conjunta do Ministério da Justiça e Secretarias de Segurança dos estados e já reúne mais de 2.500 perfis genéticos. A proposta é compartilhar informações, entre laboratórios de perícia, sobre vestígios e suspeitos de praticar crimes.
Nesta quarta-feira, dia 19, a coordenação da Rede divulgou um relatório que reforça a integração com os estados e o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça, obtidos em laboratórios de perícia oficial. O relatório divulga dados já armazenados no Banco Nacional de Perfis Genéticos até o final de 2014 com o auxílio de 71 investigações no Brasil.
Clique e confira o Relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos
Dentre os dados de interesse criminal encontram-se no Banco Nacional 1.524 perfis genéticos de vestígios de crimes, 53 de condenados e 26 de identificações criminais. Enquanto os vestígios são coletados pela perícia nos locais de crime ou no corpo das vítimas, as amostras de referência são coletadas segundo a Lei de Execução Penal ou a Lei de Identificação Criminal.
Em outra frente, o banco de perfis genéticos visa identificar pessoas desaparecidas. Foram recolhidas 306 amostras de familiares, 579 restos mortais e uma referência direta de pessoa desaparecida. As informações são cruzadas e já auxiliaram a identificação de uma pessoa desaparecida no estado do Rio de Janeiro.
A identificação de pessoas desaparecidas ocorre mediante a alimentação sistemática dos perfis genéticos de quatro tipos diferentes de amostras biológicas: cadáveres e restos mortais não identificados, pessoas de identidade desconhecida, referências diretas de pessoas desaparecidas e familiares de pessoas desaparecidas.
O perito criminal Guilherme Jacques, coordenador do Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, explica que a Rede depende não apenas da coleta adequada das amostras biológicas, deixadas pelos infratores nos locais de crime ou no corpo das vítimas, mas também da coleta em condenados e suspeitos. “Os vestígios são confrontados entre si, o que já permite a detecção de crimes seriais. Mas sua identificação depende do confronto com o os perfis genéticos dos indivíduos condenados e os identificados criminalmente”, explicou Jacques.
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