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Banco de Perfis Genéticos do MJSP ajuda na identificação de quadrilha que atuava em Goiás e no Maranhão
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Brasília, 04/11/2020 - O trabalho integrado das Polícias Técnico-Científica do Maranhão e de Goiás contribuiu na identificação de dois suspeitos de assaltar e estuprar clientes de motéis em Paulo Ramos (MA) e Jaraguá (GO). O resultado foi possível por meio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As investigações revelaram que o grupo criminoso assaltava motéis e estuprava as mulheres enquanto mantinham os homens presos. Durante a apuração, os peritos do Maranhão coletaram vestígios. As amostras inseridas no banco de perfil genético do estado, no final de 2019, auxiliaram na identificação do caso conduzido também recentemente pela polícia de Goiás.
“Esse processo resultou na coincidência de vestígios detectados em motéis nos dois estados em que a quadrilha atuava”, explica o perito criminal Geyson Souza, gestor do Banco Estadual de Perfis Genéticos do Maranhão. Para ele, esse foi mais um trabalho solucionado, com apoio do Ministério da Justiça, que vai resultar em resposta à sociedade e no cumprimento da lei.
Os crimes tinham a mesma característica, mas ocorriam em locais e períodos diferentes. A perita criminal e administradora do Banco de Perfis Genéticos da SPTC/GO, Mariana Mota, explica que a perícia de Goiás realizou a coleta e o exame de DNA no suspeito, que está preso em Goiás, por meio de decisão judicial emitida pelo Poder Judiciário do Maranhão. “Encaminhamos o perfil genético ao Maranhão, que inseriu as informações no local e, posteriormente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos reportou a coincidência nos dois estados", reforçou.
Ainda, segundo a perita, o trabalho fomentado pelo MJSP é fundamental para proporcionar equipamentos e insumos para processar um volume maior de amostras. “Esse é um dos principais motivos de conseguir bons resultados. Reforço ainda a importância da identificação criminal genética, pois o perfil de um investigado só pode ser inserido no banco quando há determinação judicial. Essa medida contribui para dar resolutividade aos crimes que, nesse caso, ocorreu em mais de um estado, em dois anos”, aponta.
Para o administrador do Banco Nacional de Perfis Genéticos, Ronaldo Carneiro, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, é uma ferramenta não só de promoção da justiça como também de apoio à investigação criminal. “A inserção de perfis genéticos de suspeitos, dentro das normas legais como no caso em tela, permite o confronto com vestígios de crimes ocorridos em outros estados, revelando desta maneira a atuação de organizações criminosas em todo o Brasil”, garantiu.
Os laudos de coincidência estão sendo produzidos e serão encaminhados às autoridades competentes. Os criminosos já estavam presos nas penitenciárias de Aparecida de Goiânia (GO) e de Augustinópolis (TO) por cometer outros delitos. Agora, eles serão denunciados e responderão pelos crimes.