Publicação que auxilia escolas na produção de indicadores educacionais será lançada no MEC

A publicação Indicadores de Qualidade na Educação, uma espécie de manual para que as escolas identifiquem seus problemas e produzam seus próprios indicadores educacionais, será lançada amanhã, 18, às 10h, no auditório do edifício-sede do Ministério da Educação. O trabalho foi elaborado pela organização não-governamental Ação Educativa, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

O objetivo da publicação é oferecer às escolas um instrumento para diagnosticar a sua situação. Segundo Vera Masagão, a idéia é popularizar a utilização dos indicadores e usá-los para criar uma mobilização pela qualidade na escola. “É importante que a comunidade escolar conheça seus pontos críticos para trabalhar sua gestão”, afirma.  

Para isso, a cartilha está dividida em sete dimensões ou capítulos: o ambiente educativo; prática pedagógica; avaliação; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico escolar e acesso; permanência e sucesso na escola.

A linguagem empregada é bastante simples para explicar conceitos e dar as referências básicas para que a comunidade escolar possa refletir sobre os seus diversos aspectos. Cada capítulo tem uma explicação inicial e, na seqüência, são colocadas questões que, ao serem respondidas, auxiliam na compreensão de cada um dos temas propostos. Na primeira dimensão, Ambiente Educativo, existem, por exemplo, perguntas sobre amizade e solidariedade; alegria dos alunos em freqüentar a escola; respeito; e disciplina. 

Segundo a coordenadora da Ação Educativa, as situações e os problemas abordados são aqueles que mais afetam o dia-a-dia da escola. “O que se pretende é juntar as pessoas para que elas discutam aspectos da realidade escolar e construam um julgamento a partir do consenso. Tem que haver uma cultura de avaliação coletiva. Quando o pai souber, numa situação hipotética, que metade dos alunos abandonou a escola, verá que o problema é coletivo”, reflete.  

Para o presidente do Inep, Eliezer Pacheco, o benefício do manual é levar à reflexão sobre os diversos aspectos da escola. “O Inep tem feito um grande esforço em retornar à escola todas as informações coletadas por meio do Censo Escolar e outros levantamentos realizados. O manual poderá facilitar o entendimento e o uso dessas informações, de modo a aumentar o controle social sobre a qualidade da educação”, diz. 

As informações produzidas pelas escolas não serão divulgadas publicamente ou utilizadas para comparações. “Este instrumento tem como objetivo contribuir para que a comunidade escolar se engaje na luta pela melhoria da qualidade da escola”, diz a introdução do texto.

A publicação poderá ser acessada nas páginas na Internet da Ação Educativa (www.acaoeducativa.org.br), do Inep (www.inep.gov.br) e do Ministério da Educação (www.mec.gov.br).

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