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Provão é realizado por 400 mil estudantes em clima
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Mais de cinco mil cursos de 24 áreas do conhecimento foram avaliados neste domingo. Gabaritos já estão na internet
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A sétima edição do Exame Nacional de Cursos, o Provão, foi realizada neste domingo, 09, por cerca de 400 mil estudantes de cinco mil cursos de graduação em todo o País. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) o clima foi tranqüilo nos 1.300 locais de prova de 627 municípios.
Nas suas sete edições, passaram pelo Provão mais de 1,3 milhão de estudantes. Este ano, o número de inscritos ao exame representa cerca de 90% dos concluintes de cursos de educação superior do País (ver quadro) . Em 1996, primeiro ano de realização do exame, 55 mil alunos de 600 cursos foram avaliados, o que significava cerca de 23% dos concluintes dos cursos de graduação.
Em 2002 foram avaliadas as áreas de Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Administração, Biologia, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Farmácia, Física, História, Jornalismo, Letras, Matemática, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Química.
Provas e gabaritos já estão na Internet
As provas das 24 áreas que foram avaliadas, assim como os gabaritos das provas de múltipla escolha, estão disponíveis na página do Inep. Já a divulgação dos padrões de resposta das questões discursivas está prevista para a o mês de julho.
A data prevista para a divulgação dos resultados é a última semana de novembro. Nesse período, os dirigentes das instituições e coordenadores de cursos estarão recebendo os relatórios dos cursos com o conceito obtido, estatísticas que permitem à instituição a comparação dos seus resultados com os demais cursos, o percentual de resposta de seus alunos em cada questão de múltipla escolha e a média das questões discursivas.
Os estudantes também receberão o boletim do graduando com a nota do participante comparada com a média do seu curso, do estado, da região e do País.
Serviço "Fala, Brasil!" recebeu ligações de 1.038 alunos
O Serviço "Fala, Brasil!" do Ministério da Educação recebeu 1.038 ligações de alunos no seu plantão de final de semana. Na tarde de sábado e manhã de domingo, a informação mais solicitada pelo telefone 0800616161 foi sobre os locais de realização de prova.
Avaliação tem como objetivo garantir a qualidade dos cursos
Criado para garantir a qualidade da educação superior, o Provão avalia os cursos de graduação por meio da aferição de competências e habilidades desenvolvidas pelos alunos ao longo do curso. Ele faz parte de um sistema mais amplo de avaliação da educação superior, formado pela Avaliação das Condições de Ensino e pela Avaliação Institucional.
Esse sistema vem produzindo um conjunto de informações que são utilizadas por reitores, diretores e professores para estabelecer metas e para o aperfeiçoamento dos cursos. Os dados levantados pelas avaliações também são utilizados na formulação de políticas para a educação superior.
Os resultados do Provão e das demais avaliações são fundamentais no acompanhamento da qualidade do ensino que está sendo oferecida. A partir desses resultados, o Ministério da Educação pode tomar medidas para cobrar das instituições os padrões de qualidade necessários para a formação dos futuros profissionais.
Dados indicam melhoria do sistema de educação superior
De acordo com os dados colhidos pelo exame a qualidade dos cursos vem melhorando mesmo com a expansão registrada neste nível de ensino. Os cursos criados após o Provão têm alcançado desempenho superior ao daqueles que já existiam quando o exame começou a ser aplicado.
Na área de Administração, por exemplo, entre os cursos criados antes do Provão, 28,4% deles tiveram conceitos A ou B. Já entre os cursos pós Provão, 42% alcançaram estes mesmos conceitos. Isso se repete na área do Direito. Entre os cursos criados antes da realização do primeiro Provão, 32,8% tiveram conceitos A ou B. Já entre os cursos mais novos 37,2% deles alcançaram as médias mais altas.
Os próprios alunos, por meio de respostas a um questionário-pesquisa, apontam melhorias nas instalações das instituições, na prática pedagógica e nos currículos. Uma das perguntas feitas aos formandos refere-se à apresentação de plano de ensino no início do ano letivo. No curso de Odontologia, por exemplo, entre 1997 e 2001, a quantidade de estudantes que respondeu positivamente a essa questão saltou de 6,9% para 34,8%.
Outra melhoria apontada pelos alunos é o acesso a computadores. No caso do curso de Direito, apenas 11,6% dos estudantes conseguiam utilizar esse recurso nas suas instituições, em 1997. No ano passado, 33,4% dos alunos de Direito disseram que têm acesso a computadores para estudo.
Quando indagados se a biblioteca da instituição tinha um acervo atualizado, 18,5% dos formandos de Engenharia Civil afirmaram que isto era verdade, em 1998. Três anos depois, esse percentual cresceu para 26,7%.
Nas bibliotecas, um outro aspecto importante refere-se ao fato delas possuírem sistema de pesquisa ligados às redes nacionais e internacionais. Esse indicador, para os cursos de Direito, passou de 6,9% para 18,4%, entre 1998 e 2001.
Também foram registrados avanços importantes na qualificação dos professores que atuam na educação superior. Segundo dados do Censo da Educação Superior, 39% dos docentes tinham mestrado ou doutorado, em 1994. Em 2000, 51% de professores tinham essa titulação.
Coordenadores de cursos e estudantes avaliam a prova
Os conteúdos das provas serão avaliados pelos coordenadores de cursos e professores das 24 áreas que participaram do exame. Para recebimento dessa avaliação, o Inep colocou à disposição da comunidade acadêmica um espaço em sua página na Internet . A partir dessas sugestões poderão ser aprimorados os conteúdos do exame para o próximo ano.
Opinião dos alunos: os estudantes também tiveram a oportunidade de responder a uma série de perguntas sobre a prova como um todo e sobre as questões formuladas que também ajudarão a monitorar a qualidade da avaliação. Pelas respostas dos alunos, os responsáveis pela elaboração do exame poderão, por exemplo, identificar o grau de dificuldade encontrado. A opinião do participante também contribui com os seus respectivos cursos, pois a identificação das dificuldades dos alunos em algumas questões do Provão pode orientar mudanças nos conteúdos das disciplinas.