Presidente da UNE defende revisão do sistema de avaliação

Aumento de investimentos em educação é ponto em comum entre participantes do seminário Avaliar Para Quê? Avaliando as Políticas de Avaliação Educacional

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Felipe Maia, que participou da primeira mesa de debates do seminário Avaliar Para Quê? Avaliando as Políticas de Avaliação Educacional, defendeu um sistema de avaliação global para a educação superior que leve em conta todos os fatores que influenciam a educação e não somente a avaliação de resultados. Nessa perspectiva, ele criticou a realização do Exame Nacional de Cursos, o Provão, que "teve como objetivo legitimar um processo de expansão do sistema privado de ensino sem nenhum tipo de controle".

Para Maia, um bom sistema de avaliação tem que levar em consideração, ainda, as particularidades de cada região e de cada instituição. Durante o encontro, ele defendeu a democratização interna das instituições, o aumento na oferta de vagas nas universidades públicas e dos recursos financeiros destinados a este nível de ensino.

O aumento dos investimentos em educação também foi destacado pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Nildo Ouriques. "A educação é um sub-sistema da economia. Sem a ruptura com os critérios vigentes de austeridade fiscal e sem mais recursos não é possível solucionar o problema da qualidade do ensino", explica.

Ouriques argumenta que o sistema de avaliação implantado não serve para o planejamento de políticas. "O sistema de avaliação faz parte de um programa educacional recolonizante que estimula a privatização. É preciso pensar em um sistema alternativo, que envolva não somente a escola mas a comunidade, as prefeituras e os estados", finaliza.

Local: Academia de Tênis de Brasília - DF

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