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Pesquisadores programam monitoramento ambiental
Encerra-se amanhã, dia 1º, a primeira reunião de trabalho do Instituto Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT APA), implantado em novembro do ano passado como um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia criados pelo MCT. Desde o último domingo, dia 29, cerca de quarenta pesquisadores, vinculados a 16 diferentes instituições estão em Brasília, discutindo questões relacionadas a mudanças climáticas, preservação ambiental e cenários futuros, tendo a Antártica como referência. A reunião está sendo feita na sede do Inep/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que também é uma das instituições parceiras.
O Continente Gelado tanto funciona como grande regulador térmico do planeta – daí a importância de seu monitoramento e preservação – quanto como seu maior laboratório vivo, já que ali se percebem com mais nitidez de forma imediata os efeitos das mudanças globais.
As metas do INCT-APA são conhecer e monitorar a Antártica, continente mais preservado e mais frágil do planeta, e sua influência na América do Sul. Sua principal área de ação é região da Península Antártica, Ilha Rei George, onde está instalada a Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, na Baía do Almirantado. Essa região é a mais sensível do planeta às variações climáticas. Suas peculiaridades permitem que se detecte, precocemente, a resposta do ambiente às mudanças globais.
Registros meteorológicos indicam um rápido aumento na temperatura atmosférica local ao longo dos últimos 50 anos, quatro vezes maior que a média mundial. Nesse período, esta região perdeu 7% de sua cobertura de gelo. Na verdade, as maiores perdas de gelo já observadas no planeta ocorreram nos últimos oito anos a apenas 350 quilômetros da Ilha Rei George com destruição de mais de 7000 quilômetros quadrados.
Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foram criados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em busca da excelência nas atividades em C&T. Foram criados 123 institutos.
No último dia da reunião do Instituto Antártico de Pesquisas Ambientais, dia 1º de abril, será lançado o livro Antártica - Bem Comum da Humanidade, e um selo comemorativo do encerramento do Ano Polar Internacional (API). O livro, de autoria da coordenadora ambiental do Programa Antártico Brasileiro, Tânia Brito, procura levar ao público leigo um pouco mais de conhecimento sobre a Antártica. O selo marca o fim do quarto Ano Polar Internacional, um programa de cooperação científica internacional que representa um marco na ciência antártica. O API mobilizou cerca de 50 mil pesquisadores de mais de 60 países, que concentraram esforços para tentar compreender as implicações das mudanças ambientais percebidas na Antártica e no Ártico e sua importância ambiental e econômica para o planeta. Os lançamentos ocorrerão no auditório do Ministério do Meio Ambiente, às 9h.
Assessoria de Imprensa do Inep