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Países americanos aderem à avaliação educacional
Consulta junto a 19 nações do continente mostrou que em 15 há sistemas de medição da qualidade do ensino. Agora, eles querem construir indicadores que possibilitem a comparação dos resultados. Tema foi discutido durante Fórum Internacional, em Brasília
Preocupadas em melhorar a qualidade do ensino, nações do continente americano vêm implementando, nos últimos anos, uma série de medidas para verificar o desempenho educacional de seus alunos. Uma consulta junto a 19 países da América do Sul, Central e do Norte mostrou que em 15 há sistemas nacionais de avaliação. Agora, eles querem dar um passo adiante: construir indicadores de qualidade que possibilitem a comparação dos resultados entre os programas de cada país.
A articulação para que a idéia se torne uma realidade na Educação do continente ganhou mais força durante o Fórum Hemisférico de Avaliação Educacional, seminário internacional que ocorreu entre 12 e 14 de março e que contou com a participação de representantes de países das Américas e organizações internacionais.
Durante três dias, especialistas dos países participantes mostraram as principais experiências nacionais de avaliação educacional e os representantes de organizações internacionais apresentaram os estudos e atividades desenvolvidas na área. O evento, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), contou com a participação do ministro da Educação, Paulo Renato Souza e da presidente do Inep, Maria Helena Guimarães de Castro.
O Fórum teve como principal atividade a articulação entre os projetos internacionais de avaliações já existentes e a elaboração de planos de ação, metodologias e parâmetros que permitem a comparação dos indicadores de cada país. Atualmente, há pelo menos cinco programas internacionais com participação de países das três Américas.
Intercâmbio - A proposta de criação de um projeto de avaliação educacional começou a se consolidar em 2000. Com a instalação do Fórum, pretende-se gerar mecanismos de articulação entre os países e sistematizar procedimentos, permitindo a convergência das potencialidades das nações e dos organismos internacionais. Para organizar esse trabalho, foram definidas três linhas de atuação: fortalecimento dos sistemas nacionais de avaliação, assistência técnica via intercâmbios e incentivo a outros países para participarem dos estudos.
O Brasil é um dos países que mais vem investindo em instrumentos para aferição da qualidade do ensino. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Exame Nacional de Cursos (Provão) e a Avaliação das Condições de Ensino são os atuais projetos executados no País.
Na área internacional, o Brasil participa do Programa de Avaliação da Qualidade da Educação, da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), do Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da Educação, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), e do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil também integra o projeto Indicadores Mundiais de Educação da OCDE/Unesco e o Programa de Indicadores Educacionais do Mercosul.
Programação
I Reunião do FÓRUM HEMISFÉRICO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Brasília, 12-14 de março de 2002
Local: Bonaparte Hotel Résidence, SHS Quadra 2 Bloco J, Asa Sul
12 de março
8h: Credenciamento
9h: Abertura - Ministro da Educação do Brasil - Paulo Renato Souza Presidente do INEP - Maria Helena Guimarães de Castro
9h30 : Conferência: A importância do fortalecimento dos sistemas nacionais de avaliação e do desenvolvimento de indicadores de qualidade comparáveis
Cláudio de Moura e Castro (especialista em Educação)
10h30: Experiências nacionais - Construção e uso de indicadores educacionais (acesso, permanência, fluxo, evasão e rendimento)
- Mediador: Ana Maria Corvalán (UNESCO/OREALC)
- Brasil: João Batista Gomes Neto
- Peru: Ricardo Villanueva
11h30: O Projeto Regional de Indicadores Educacionais - PRIE
Vivian Heyl (Chile)
14h: Experiências nacionais - Construção de instrumentos para avaliação de larga escala e indicadores de rendimento
- Mediador: Pedro Ravela (Uruguai)
- Brasil: Maria Inês Fini
- Chile: Alejandro Gutiérez
- Estados Unidos: Lois Peak
16h: Experiências nacionais - Organização de bases de dados, análise e disseminação dos resultados da avaliação
- Mediador: Mari Carmen Feijoó (Argentina)
- Brasil: Iza Locatelli
- Canadá: Rick Jones
17h: Resultados de estudos sobre difusão e uso dos resultados da avaliação
Pedro Ravela e Guillermo Ferrer (PREAL)
13 de março
9h: Estudos Internacionais Comparativos
- Mediador: Iza Locatelli (Brasil)
- Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da Educação (LLECE): Juan Enrique Froemel
- Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA): Georges Lemaitre
- TIMSS (Trends in Mathematics and Science Study): Ina Mullis e Michael Martin
11h: Estudos Internacionais Comparativos
- Mediador: Francisco Soares (Brasil)
- Programa Ibero-americano de Avaliação da Qualidade da Educação: Lilia Toranzos
- PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study): Ina Mullis e Michael Martin
- ALL (Adult Literacy and Life Skills Survey): Yvan Clerrmont
14h: Estudos internacionais comparativos: considerações de países participantes
- Mediador: Ana Luiza Machado (UNESCO/OREALC)
- Brasil (PISA): Maria Inês Fini
- Colômbia (PIRLS): Jose Guillermo Ortiz
- Chile (TIMSS): Maria Inés Alvarez
- República Dominicana (LLECE): Julio Valeirón
16h: Formação de redes de conhecimento, intercâmbio e capacitação técnica na área da avaliação
- Mediador: Julio Valeirón (República Dominicana)
- PREAL: Patrícia Arregui
- OREALC: Sandra Cusato
- OEI: Lilia Toranzos
14 de março
09h: Discussão do projeto FÓRUM HEMISFÉRICO DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL e apresentação de propostas.
11h30: Continuidade das ações do Fórum Hemisférico de Avaliação Educacional
- País coordenador
- Próxima reunião