Notícias
Notícias
Metade dos professores de assentamentos vive em zona urbanaAssessoria de Imprensa do Inep: (61) 210
As escolas dos assentamentos de reforma agrária contam com 38.035 professores (9.039 homens e 28.996 mulheres). Desses, 12.900 moram em assentamentos, 8.601 fora, mas uma grande parte, 16.534, vive em zona urbana, conforme a Pesquisa Nacional da Educação na Reforma Agrária (Pnera), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com coordenação da Diretoria de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais/Inep e em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Um percentual de 59,1% respondeu que seus profissionais são servidores públicos concursados ou estatutários. Em cerca de 80% desses estabelecimentos, os professores trabalham em apenas uma escola. Mais de 30% delas responderam que os docentes atuam em dois ou mais lugares.
Há poucos órgãos colegiados nas escolas de assentamentos
Apenas 3,1% das escolas que servem a assentamentos têm grêmio estudantil; 16,5%, Associação de Pais e Mestres; e 23,6%, conselho escolar. Aproximadamente 62% não têm nenhum órgão colegiado. Como as escolas são, em geral, pequenas, a maioria (56,5%) também não tem diretores, 26,3% possui diretor na escola e 17,2% são escolas com diretores em uma escola-pólo, à qual estão subordinadas. Apenas 16,8% dos diretores são eleitos pela comunidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários), enquanto que 74,3% foram indicados. Para realizar o levantamento, a Pnera visitou 5.595 assentamentos em 1.651 municípios de todo o País e entrevistou 10,2 mil famílias.
Maioria dos estudantes em assentamentos se declara de cor parda
Dos 17.463 estudantes de 11 a 14 anos que estão fora da escola nos assentamentos de reforma agrária, 12,2% nunca a freqüentaram, não lêem nem escrevem (2.124 pessoas). A maioria (75%) das crianças com esta idade fora da escola é parda, 16,4% é branca, 7,3% é negra e 1% é amarela. O percentual de brancos desta faixa etária dentro da escola é maior (23,6%) do que sua representação entre os que estão fora da escola. O percentual de pardos é de 65,7%, dez por cento a menos que sua representação entre os que têm a mesma idade e não estão estudando. Por outro lado, o percentual de negros é maior dentro da escola do que fora. São 9,2% estudando e 7,3% entre os que não estudam.