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Desigualdade de acesso à creche é um dos temas do boletim Na Medida
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) acaba de publicar a edição número 11 do seu boletim Na Medida. A publicação eletrônica quadrimestral divulga estudos e pesquisas sobre temas e políticas educacionais prioritariamente realizadas com as bases de dados do instituto. Os textos visam expandir a discussão além dos espaços acadêmicos, trazendo para a sociedade informações qualificadas sobre a educação brasileira. Os artigos são de responsabilidade das equipes técnicas da autarquia, além de pesquisadores convidados, e não refletem, necessariamente, a posição institucional do Inep ou do Ministério da Educação.
Um dos temas da edição é a desigualdade de acesso à creche no Brasil. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024) determina que 50% das crianças de 0 a 3 anos sejam atendidas até 2024. E é com base nela que o artigo “A desigualdade do acesso à creche no Brasil considerando características de raça/cor, localização e renda das crianças”, de Marcelo Lopes de Souza, analisa se essa expansão de acesso conseguiu, de fato, uma redução das desigualdades.
O segundo artigo, “As escolas com localização diferenciada e o perfil dos estudantes (2012-2015)”, de Robson dos Santos, aborda uma temática presente em estratégias de várias metas do PNE: políticas educacionais para populações específicas, como populações do campo, indígenas e quilombolas.
Em “Concordância e discordância na declaração racial de estudantes: cruzando dados do censo escolar, Saeb e Enem”, o terceiro artigo da edição, Adolfo Samuel de Oliveira, Adriano Souza Senkevics, Rosilene Cerri e Pamella Sada Dias Edokawa dedicam-se à importância de considerar as especificidades populacionais para universalizar o acesso e a educação de qualidade no país.
O quarto artigo, “As provas das quatro áreas do Enem vistas como uma prova única na ótica de modelos da teoria da resposta ao item uni e multidimensional”, de Nara Núbia Vieira, retoma um tema altamente relevante: a discussão de dimensionalidade das provas do Enem. Apesar de a parte objetiva do Exame ser composta por quatro provas diferentes, o estudo considera a edição de 2012 uma prova única composta por 180 itens (45 de cada prova objetiva).
O último artigo, “O Enem e o impacto de variáveis socioeconômicas e educacionais”, é uma contribuição externa de Maurício Urban Kleinke, doutor em Ciências pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor do Instituto de Física Gleb Wataghin, da mesma universidade. A partir de um modelo de regressão logística aplicado às provas de 2009 a 2012, é estimada a chance de participantes do Enem pertencerem ao decil superior nas provas de Ciências da Natureza e Matemática em função de quatro dimensões: pessoal, escolar, familiar e regional, cujas informações constam do questionário socioeconômico preenchido no ato da inscrição ao exame.
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Assessoria de Comunicação Social