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Jornalista inglês quer trabalhar com universidades brasileiras
O jornalista britânico Phil Baty, editor da Times Higher Education (THE) – revista dedicada à classificação de universidades – convidou as universidades brasileiras a trabalhar em conjunto com sua instituição, ajudando a construir um sistema de avaliação mais justo para o ensino superior no Brasil. Todos os anos, a THE divulga o ranking das melhores universidades do planeta, em parceria com a companhia Thomson Reuters.
Baty chegou a Brasília nesta terça-feira, 17/7, a convite do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para fazer palestra no auditório do Ministério da Educação. Segundo o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, os desafios da internacionalização e o grande alcance do programa Ciência Sem Fronteiras levam as universidades brasileiras a discutir os sistemas de avaliação internacional: "Não temos que quebrar o termômetro. O que devemos fazer é discutir os critérios e os indicadores utilizados no mundo".
Depois da criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e com a intensificação das ações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) na avaliação dos programas de pós-graduação, as universidades brasileiras buscam cada vez mais a melhoria em seus indicadores de qualidade. As que estão mais bem classificadas no ranking da THE são a USP e a Unicamp.
Baty defendeu o ranqueamento internacional dizendo que o sistema pode influenciar a vida das universidades para melhor, atuando em diferentes áreas: no caso das próprias instituições, "os rankings servem como acreditação formal, nos países onde inexistem medidas de avaliação"; para os alunos, a classificação impulsiona as instituições a melhorar as experiências de aprendizagem"; e entre os professores, "incentiva a colaboração, as parcerias, os programas compartilhados".
Costa lembrou que a expansão das universidades, a partir de 2002 – quando o Brasil saltou de apenas 300 mil formados/ ano para mais de 1 milhão em 2012 – oferece desafios adicionais para o governo e para as próprias instituições, hoje em número de 2.389, sendo que dessas, só 250 são universidades. "Queremos dar passos que apontem para a mudança do patamar de qualidade para a excelência, atendendo à internacionalização, uma tendência mundial", afirmou o presidente do Inep.
A plateia, no auditório do MEC, foi ocupada por dirigentes das universidades, como os reitores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Miriam da Costa Oliveira, e da Universidade Federal de Minas Gerais, Clélio Campolina, entre muitos outros pró-reitores e representantes de entidades ligadas à educação superior no país.
Foto: João Neto/ MEC.
Assessoria de Comunicação do Inep/ MEC