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Fórum Hemisférico destaca papel da sociedade na educação
Termina nesta sexta-feira, 17, em Brasília, a 2ª Reunião do Fórum Hemisférico Educacional Qualidade da Educação, cujo tema – o princípio da qualidade da educação - está sendo debatido desde o início da semana por cerca de 200 especialistas em educação de 34 países. O evento é organizado pelo Ministério da Educação e integra as atividades preparatórias da Cúpula das Américas, que será realizada na Argentina, em novembro.
Entre as metas acordadas durante o fórum estão as de assegurar que, em 2010, todos os alunos das nações americanas tenham concluído o ensino fundamental com qualidade e que, pelo menos, 75% dos jovens tenham acesso ao ensino médio, além de oferecer oportunidades de educação ao longo da vida à população em geral.
No painel realizado nesta quinta-feira, 16, O Papel da Sociedade na Disseminação de Informações Educacionais, foi enfatizada a importância da disseminação da informação especializada na educação como uma forma de estimular a participação da sociedade na construção de propostas para a solução dos entraves educacionais.
Tamara Ortega Goodspeed, especialista na área de educação do Diálogo Interamericano, apresentou o Programa de Reforma Educativa na América Latina e no Caribe (Preal) e ressaltou a importância do levantamento de dados, tratamento e disponibilização de informações técnicas seguras para a elaboração de políticas públicas educativas eficazes. Segundo Tamara Ortega, "é preciso envolver a sociedade na reforma educacional que se pretenda implementar". "O que existe hoje em alguns países é uma pequena demanda por parte do público por informações sobre a realidade educacional", destacou.
Segundo Isabel Fernandes, diretora de Inovações Pedagógicas da instituição Corpoeducação, da Colômbia, "tivemos o apoio da Preal nas ações que deslanchamos na Colômbia, como a criação descentralizada de centros de pesquisas locais para a realização do levantamento e tratamento das informações para a disponibilização. A consolidação dessas informações hoje estão no Ministério de Planejamento para orientar os dirigentes nacionais nas tomadas de decisão na área educativa".
Desigualdade social - Para a diretora da Comissão de Educação no Panamá, Tânia Fiedler de Gordon, "o Panamá é o segundo país do mundo em desigualdade social. Só perdemos para o Brasil. Somos três milhões de habitantes em um território do tamanho do estado de Pernambuco. A partir dos diagnósticos e levantamento de dados, realizados com a participação do Preal, houve um choque nas instituições governamentais e não-governamentais. A partir deste choque com os tristes resultados da educação panamenha, o empresariado nacional se articulou e deu origem ao Conselho do Setor Privado para a Educação (Cospae). Nessa instituição estão representadas 28 associações da sociedade, que atuam em colaboração com os poderes públicos para encontrar as soluções para a realidade educativa do país."
Repórter: José Leitão
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