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Exposição revela história do Inep
Exposição revela história do Inep
Pilhas de documentos e livros se acumulam ao redor das organizadoras da exposição que retratará os 70 anos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep/MEC). Elas selecionam os mais relevantes para contar a história do instituto. "Será impossível mostrar todos porque temos uma infinidade de informações e todas são importantes", disse a historiadora e técnica em assuntos educacionais Maria Joselita da Silva. Munida de luva para manusear as obras e de muita paciência, Joselita organiza a mostra ao lado da bibliotecária Luiza Maria do Amaral, ambas do Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec/Inep).
Documentos, periódicos, fotografias antigas, obras raras e até CD-roms comporão a exposição que será aberta na quarta-feira, 17, no saguão do Inep, 4º andar do anexo 1 do Ministério da Educação. Sendo que, exclusivamente as obras raras, durante o período em que estiverem expostas, ficarão guardadas longe do manuseio público. Uma vez que o contato com gordura e ácidos, presentes nas mãos e na saliva — usada para molhar os dedos na hora de passar as folhas — poderiam arruína-las. Mesmo assim, a exposição é uma boa chance para que a maioria das pessoas possa apreciar tais documentos.
Algumas das obras estarão expostas, como o primeiro volume da série de 72 boletins resultantes das primeiras pesquisas educacionais a partir da criação do Inep, em 1937. Intitulado de O Ensino no Brasil, o primeiro boletim saiu em 1939. Também será exposta a primeira Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, de 1944, que existe até hoje e teve duas edições censuradas pelo regime militar. Uma delas estará exposta. Outra edição histórica da revista, de 2005, conta a história de 60 anos da publicação e estará disponível na mostra. Os visitantes poderão conferir outro documento histórico: o discurso de posse de Anísio Teixeira, que data de 1952.
Trajetória — Pelos caminhos da história, será revelada a trajetória do Inep, cujas mudanças resultaram em transformações de seu campo de atuação. Segundo Joselita, na década de 30, quando foi criado, o Inep foi incumbido de traçar um panorama da educação no Brasil e plano de nacionalização do ensino. Também era um dos responsáveis pela proposição de políticas públicas de educação e hoje subsidia as atuais políticas educacionais por meio de pesquisas, especialmente estatísticas e de avaliação.
A exposição revelará fatos e pessoas marcantes como Manoel Bergström Lourenço Filho, primeiro diretor do instituto, e Anísio Teixeira, que insistiu numa postura de interação entre educação e ciências sociais, quando geriu o Inep, de 1952 até 1964. O foco da exposição lançará luz às personalidades que não participaram da direção do instituto, mas foram relevantes em sua história, como Gilberto Freire e Darcy Ribeiro. Uma fotografia antiga, de 1958, testemunha o encontro de muitas dessas personalidades. Na época, Darcy, Freire, Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, entre outros, reuniram-se, durante a 2ª Reunião Consultiva do Inep, para discutir a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE) e de outros cinco centros regionais que seriam responsáveis por pesquisas e planejamentos educacionais.
Além de fotografias, obras raras, periódicos e documentos, o interessado poderá assistir a um vídeo que trata da história oral do Inep. A exposição estará aberta a visitações até 17 de fevereiro.
Assessoria de Comunicação do MEC
Maria Clara Machado