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Escolas têm avanços e desafios nas condições de trabalho
A força do trabalho na educação é ponto de partida para diversos avanços no setor. Pesquisas, avaliações e estudos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que o País tem motivos para celebrar o Dia do Trabalhador, neste sábado, 1º de maio, considerando os resultados obtidos e as tendências observadas ao longo dos últimos anos, mesmo com a necessidade de esforços contínuos para aperfeiçoamentos.
O volume 2 do Relatório Nacional da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2018, disponibilizado pelo Inep recentemente em seu portal, traz informações sobre os tipos de contrato de trabalho — o que retrata as condições de estabilidade dos professores na profissão — e aponta que o percentual de professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental com contrato por tempo indeterminado chega a 79%. O percentual do Brasil é próximo da Média Talis (80%) e supera os percentuais de todos os países/economias latino-americanos participantes da pesquisa: Chile (62%), México (72%), Cidade Autônoma de Buenos Aires (72%) e Colômbia (76%).
Quando o aspecto abordado é a satisfação em relação ao trabalho, em geral, os participantes da pesquisa demonstraram estar satisfeitos em exercer a profissão de professor. Entre os docentes dos anos finais do ensino fundamental, cerca de 65% dos brasileiros indicaram que as vantagens do ofício de educador superam as desvantagens. A percepção, no entanto, ainda está abaixo da média Talis 2018 (75%) e da média América Latina (74%).
Mudanças – Durante a realização da Talis 2018, os professores dos anos finais do ensino fundamental foram perguntados se gostariam de mudar para uma nova escola, caso fosse possível. Ao todo, 13% afirmaram que sim. O percentual é considerado positivo e está abaixo da média dos países participantes da Talis (21%), além de figurar como um dos mais baixos entre os países latino-americanos. Somente na Cidade Autônoma de Buenos Aires, foi constatado um percentual ainda menor (12%). Em países como Colômbia e Chile, o percentual é de 25%. Já no México, o índice foi de 27%.
Entre os professores brasileiros do ensino médio, a manifestação por uma possível mudança de local de trabalho também é considerada baixa. O percentual do Brasil (14%) se iguala ao da Dinamarca e ambos estão bem distantes de Taiwan, que apresentou o maior percentual de professores que mudariam de escola, caso fosse viável (42%).
Talis 2018 – O Brasil é um dos 48 países/economias que participaram da mais recente edição da Talis, realizada entre 2017 e 2018. No País, responderam à pesquisa 2.447 professores e 185 diretores de escolas dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), além de 2.828 docentes e 186 diretores de escolas do ensino médio, das redes pública e privada. Os resultados brasileiros da edição foram divulgados pelo Inep em duas etapas: o primeiro volume foi publicado em junho de 2019 e o segundo, em março de 2020.
Estatísticas – Dados do Censo Escolar 2020 também mostram que os docentes têm permanecido como professores da mesma escola por mais tempo. Segundo a pesquisa estatística, o Indicador de Regularidade do Docente (IRD), que avalia a permanência dos professores nas escolas nos últimos cinco anos, apresentou um avanço em relação a 2019. Vale pontuar que, quanto mais tempo o professor permanece no quadro funcional de uma instituição, melhor conhece a escola e mais contribui na relação com os alunos e com a comunidade atendida.
O percentual de escolas na faixa média-alta do indicador passou de 42,6% em 2019 para 45,8% em 2020. Também foi observado um aumento para a faixa alta do indicador, passando de 10,1%, em 2019, para 13,1%, em 2020.
Quando analisadas as escolas privadas na faixa alta do indicador, o percentual se mostra o maior em comparação com as outras redes. A regularidade dos docentes nas escolas particulares foi de 16%, em 2019, para 20,4%, em 2020. O percentual de escolas da rede pública na faixa alta do IRD passou de 8,6% para 11,3%.
Acesse o relatório nacional da Talis 2018 (Parte 2)
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Assessoria de Comunicação Social do Inep