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Educação superior reforça desigualdade regional
No Brasil, de cada cem pessoas com 18 a 24 anos de idade, apenas 9 estão matriculadas na educação superior. Dos 22,9 milhões de habitantes nessa faixa etária, 2,1 milhões freqüentam os cursos de graduação ou pós-graduação. O cálculo produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) revela que, além de baixo, o índice de atendimento é desigual entre as regiões do País.
Enquanto, na Região Sul, 12,8% da população na faixa etária de 18 a 24 anos estão matriculados na educação superior, no Nordeste a taxa de freqüência é de 5%. No Sudeste, onde se concentra mais da metade das matriculas na graduação, no mestrado e no doutorado, o índice chega a 11%. O estudo foi realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/IBGE) de 2001.
As diferenças na taxa de atendimento são marcantes até mesmo dentro das próprias regiões. Em São Paulo, 12,6% dos moradores com 18 a 24 anos freqüentam os cursos de graduação, e, em Minas Gerais, 6,8%. Na Região Centro-Oeste, o índice do Distrito Federal (14%) é o dobro do Mato Grosso (7,1%). No Nordeste, 7% dos jovens de Sergipe e 4,1% do Maranhão estão na educação superior.
O maior índice de freqüência à educação superior foi registrado em Santa Catarina, onde 14,2% estão matriculados. A Bahia tem o menor índice: 3,9%. O número de jovens baianos de 18 a 24 anos é o mesmo do Rio de Janeiro, mas no Estado fluminense há três vezes mais matriculados na graduação e pós-graduação.
De 1990 a 2002, a quantidade de alunos nos cursos de graduação aumentou 126%, passando de 1,5 milhão para 3,5 milhões de estudantes. A expansão concentrou-se na rede privada, que cresceu 153%, bem acima dos 82% no sistema público. Há doze anos, 62% dos matriculados estavam nas instituições particulares, que, agora, detêm 70%.