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Avaliação deve indicar políticas para construção da escola ideal
SEMINÁRIO "AVALIAR PARA QUÊ?" |
Avaliação deve indicar políticas para construção da escola ideal
Sistema de avaliação da educação fundamental foi debatido no segundo dia do seminário "Avaliar Para Quê?"
As informações dos processos avaliativos devem servir para nortear as políticas públicas que levem à construção da escola ideal. Esta proposta foi defendida pela Secretária de Educação Fundamental do Ministério da Educação, Maria José Feres, nos debates desta manhã do seminário "Avaliar Para Quê? Avaliando as Políticas de Avaliação Educacional". O evento foi realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), em Brasília.
Segundo Maria José, é preciso garantir a inclusão de fato das crianças na escola, mas não uma inclusão que seja só da matrícula. "Inclusão é garantir a permanência e o sucesso escolar. A nossa proposta de escola ideal só se consolida quando as nossas crianças e os nossos adolescentes se formarem como cidadãos letrados, com acesso ao conhecimento e ao mundo da cultura", diz. Para a Secretária, "a avaliação é importante porque nos dá um conjunto de informações para que possamos formular as políticas públicas e começar a investir numa inclusão verdadeira", explica.
"Avaliar é testar a eficácia de um direito fundamental", dessa forma o professor Manuel Palacios, coordenador do Centro de Políticas e Avaliação Educacional da Universidade Federal de Juiz de Fora, se colocou a favor da adoção dos processos avaliativos da educação básica. Palacios defendeu, também, a integração dos sistemas de avaliação dos estados, municípios e o nacional. "Isso pode ser um grande acordo em favor de um sistema nacional de avaliação que se faça em regime de colaboração". Ele destacou a importância da participação das universidades nesse processo. "É preciso levá-las para dentro do sistema de educação básica e criar um comprometimento permanente entre os profissionais das universidades e dos sistemas de educação básica num trabalho cotidiano".
Já para pesquisadora Sandra Zákia de Souza, da Universidade de São Paulo, o Saeb trouxe como contribuição um grande diagnóstico da educação brasileira. No entanto, ela criticou a ênfase que se deu na questão da classificação e o uso de dados predominantes quantitativos em detrimento de dados qualitativos. Para o deputado federal, Carlos Augusto Abicalil, é necessário fazer com quer o debate gerado pela avaliação retorne à escola e, para tanto, cabe ao Inep disseminar efetivamente os resultados o que, segundo ele, não aconteceu até o momento.
Local: Academia de Tênis de Brasília - DF
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