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2020 será de inovações tecnológicas nos exames e avaliações do Inep
Contribuir para a qualidade na educação é a principal missão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2020, novos projetos serão implementados com esse intuito, além de aprimorar os instrumentos já usados para avaliar o desempenho e o impacto das políticas públicas. Um deles foi anunciado em 2019, quando foram iniciados o planejamento e o trabalho para a execução neste novo ano: o Enem Digital.
Para ter o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) totalmente digitalizado em 2026, a aplicação-piloto em modelo digital já tem duas datas: 11 e 18 de outubro de 2020. As provas serão disponibilizadas para 50 mil participantes, que poderão optar pelo novo modelo durante o período de inscrição. A aplicação-piloto vai ocorrer em 15 cidades de todas as regiões do país.
“A implantação do Enem Digital será progressiva, com ampliação no número de aplicações e participantes atendidos durante os próximos anos e aplicação exclusivamente digital em 2026”, anunciou Camilo Mussi, diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep. O modelo em plataforma eletrônica permite incluir novas possibilidades nos itens de provas como vídeos e games. A realização do Enem Digital aponta para a economia de recursos públicos na aplicação. Em 2019, mais de 10 milhões de cadernos de provas em papel foram impressos com um custo logístico da aplicação de mais de 500 milhões de reais.
Acessibilidade – Para 2020, já está prevista a inclusão de mais um recurso de acessibilidade no exame: o leitor de tela para participantes cegos. Com o advento do Enem Digital, o Inep busca aprimorar a aplicação com tecnologias assistidas, especialmente para atender de forma isonômica os participantes que possuem necessidade de atendimentos especializados. Já no início deste ano, será lançado um glossário com palavras utilizadas nas provas anteriores e seus respectivos sinais, voltado para a comunidade surda e deficiente auditiva que tem a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua. Essas e outras iniciativas fazem parte da Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep para ampliar a participação e a equidade em seus exames.
Aplicativos – A tecnologia é um dos principais investimentos do Inep neste 2020. O aplicativo do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, o Encceja Conectado, vai facilitar o acesso dos participantes às informações a respeito do exame. Vai ser possível acompanhar o cronograma do Encceja, a inscrição, verificar o local de prova e consultar os resultados. Porém, a grande novidade da plataforma é o simulado que vai permitir que os participantes do ensino fundamental e médio possam estudar e testar seus conhecimentos. Desenvolvido pelos profissionais do Inep, o aplicativo pode ajudar a reduzir a abstenção nas provas. Também está prevista para 2020 a inclusão de simulados no aplicativo do Enem.
O ano de 2020 marca os 30 anos do Sistema da Avaliação da Educação Básica (Saeb). E, para celebrar, o Inep, responsável pela aplicação, o tratamento de dados e a divulgação dos resultados desde a primeira edição, planeja uma série de novidades para esta nova década, que prevê uma maior abrangência na avaliação. Em 2019, 7 milhões de estudantes de 73 mil escolas participaram da aplicação. Outra novidade foram os questionários eletrônicos para 94 mil gestores de educação, incluindo, pela primeira vez, diretores da educação infantil.
Exame de leitura internacional – No âmbito das diretrizes da Política Nacional de Alfabetização (PNA), o Brasil se prepara para participar, pela primeira vez, do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), o Estudo Internacional de Progresso em Leitura. O Inep é o responsável pela aplicação da avaliação no país e reforça sua presença em avaliações e estudos internacionais. No primeiro semestre deste ano, um pré-teste, com provas e questionários, será aplicado para cerca de 1.500 estudantes de 40 escolas públicas e privadas. A aplicação principal será em 2021. O estudo é realizado, a cada cinco anos, pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA), cooperativa internacional de instituições nacionais de pesquisa, acadêmicos e analistas que trabalham para avaliar, entender e melhorar a educação em todo o mundo. O Brasil faz parte da IEA, mas não estava entre os países que aplicam o PIRLS.
Assessoria de Comunicação Social