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ESTUDOS EDUCACIONAIS
Quintas da EPT discute dados da educação profissional
O seminário técnico Quintas da EPT acontece todas as quintas-feiras, no canal do Inep, no YouTube. Foto: Quintas da EPT/Reprodução.
Na segunda live "Quintas da EPT" foram apresentados dados estatísticos para discutir as vantagens, relacionadas a emprego e renda, de frequentar um curso de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil. A transmissão da live ocorreu na manhã desta quinta-feira, 25 de março, no canal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no YouTube.
O debate abordou temas como ocupação, rendimento e avaliação da EPT, bem como apresentação de dados sobre a estrutura ocupacional, o acesso à educação profissional, o perfil e o rendimento de quem frequenta os cursos de qualificação profissional, os cursos técnicos de nível médio e os cursos superiores de tecnologia, presentes no capítulo “A Educação profissional no Brasil: análise das diferenças ocupacionais e de rendimentos", do livro "Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica: um campo em construção".
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2018, apresentados no seminário, mais de 22 milhões de pessoas afirmaram ter frequentado a educação profissional, o que corresponde a cerca de 20% do total da população brasileira da época. A pesquisa mostra que esse número cresceu ano a ano, comparando-se aos anos de 2016, 2017 e 2018.
Em outro gráfico, referente ao rendimento de pessoas de 19 anos ou mais, que não têm educação básica completa, os dados mostram que a participação dessas pessoas na qualificação profissional significou um aumento no seu rendimento, em quase todas as unidades da federação.
Para a diretora substituta de Políticas e Regulação do Ministério da Educação (MEC), Joelma Kremer, que participou da Quintas da EPT, os dados mostram que a educação profissional é um diferencial para a empregabilidade. “O mais importante disso tudo é a gente ter dados para comprovar isso e mostrar à sociedade, para que a gente consiga, inclusive nesse grande momento de desafio que nós temos, na implementação da reforma do ensino médio, convencer os estados de que essa é uma opção viável e que deve ser considerada como uma oportunidade a ser dada para os estudantes que ingressam no ensino médio”, pontuou.
As Quintas da EPT acontecem todas as quintas-feiras, das 10h às 12h, no canal do Inep no YouTube. O próximo tema a ser debatido será “O que avaliar em educação profissional? Princípios epistemológicos da formação de trabalhadores”.
Quintas da EPT – O Seminário Técnico em Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica é uma série de lives que discute 16 estudos presentes no livro "Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica: um campo em construção". O debate é conduzido pela Diretoria de Estudos Educacionais do Inep, por meio da Coordenação-Geral de Instrumentos e Medidas Educacionais. Nas transmissões, são discutidos referenciais teórico-metodológicos sobre a avaliação da educação profissional, com o intuito de construir diálogos e propostas voltados para o tema.
Publicação – O livro "Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica: um campo em construção" foi lançado pelo Inep, no dia 26 de fevereiro de 2021. A publicação reúne um grupo de pesquisadores com o intuito de abordar a EPT no Brasil, e é dividida em três dimensões. A primeira é relacionada à questões conceituais e epistemológicas — saber o que é e como avaliar educação profissional e tecnológica —, seguida da pesquisa empírica, que busca identificar investigações de natureza estatística que possam contribuir para a avaliação da educação profissional e tecnológica a partir das bases de dados do Inep e de outras instituições. A última dimensão se refere ao estudo de experiências consolidadas em relação à avaliação da modalidade, apresentando aquelas desenvolvidas em território nacional.
A produção da publicação contou com o apoio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e da Secretaria Executiva do MEC. A Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Juiz de Fora (UFJF) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também contribuíram para a pesquisa, além da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o Centro Paula Souza, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd), e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que compartilharam suas experiências consolidadas em avaliação.
Assessoria de Comunicação Social do Inep