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Bases de dados restritos representam diferencial na qualidade de pesquisas
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é atualmente a principal fonte de informações estatísticas da educação brasileira. Seus dados são utilizados por professores, pesquisadores e consultores em estudos e na produção de conteúdos acadêmicos. Contudo, ainda são poucos os especialistas que conhecem, ou utilizam, a possibilidade de solicitar, por meio do programa Suporte à Pesquisa (SAP), o acesso controlado à base de dados restritos do Inep.
A utilização dessas informações pode ser um grande diferencial na qualidade e no resultado das pesquisas. O SAP foi criado em 2014 e permite acesso às bases de dados formadas a partir dos censos Escolar e da Educação Superior, além da Prova Brasil. O programa viabiliza também conhecer, detalhadamente, as informações estatísticas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), entre outros. A possibilidade de acompanhar o mesmo aluno nas diferentes bases é uma particularidade do SAP, o que pode desencadear um grande número de abordagens por parte dos pesquisadores.
Esse é o caso de Claudio Pondé Havena, Doutor em Economia da Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), que está na sede do Inep esta semana levantando informações para estudo sobre a educação brasileira. A pesquisa faz parte de um convênio da Fundação Lemann com a Universidade de Stanford (EUA). "Minha ideia é procurar identificar quais são os fatores e variáveis socioeconômicas que mais influenciam as notas do Enem e do Enade", explica.
Cláudio também se mostra bastante impressionado com os procedimentos de segurança para se ter acesso ao SAP. "O ambiente é realmente seguro. Isso é bom porque mostra que os dados são tratados com seriedade", reconhece.
Para garantir transparência e confiabilidade no processo, foi criado um ambiente seguro de consulta, nas instalações do Inep, em Brasília. O acesso singular ou simultâneo às bases de dados só é permitido caso as condições de restrição e de controle de cada uma sejam respeitadas.
A doutoranda em Economia da Educação pela Universidade de Harvard (EUA), Diana Moreira, que também está pesquisando no Inep com o auxílio do SAP, diz que a segurança respalda a qualidade dos dados. "É necessário e as bases estão muito bem organizadas, o que facilita nosso trabalho", ressalta.
A pesquisa de Diana tem foco no Censo Escolar, no Enem e na Prova Brasil, para estudar a correlação com resultados da Olimpíada de Matemática. Ela afirma que o software de estatística disponível no SAP não está entre os melhores do mercado e que pode ser aprimorado. "Mas acho que é o caminho natural, já que o Inep está começando esse programa", frisa.
Até o momento, o SAP está com 13 processos de atendimento a pesquisadores em aberto. Houve um da Fundação Getúlio Vargas que já está concluído, mas a grande maioria das demandas recebidas desde a criação do programa, cerca de 60, nem precisou virar um processo, já que os microdados estavam disponíveis no próprio site do Inep com acesso aberto ao público em geral.
Os pesquisadores interessados em ter acesso ao SAP para pesquisas e estudos devem preencher o formulário de solicitação para acesso a informações restritas e encaminhá-lo ao Inep pelo e-mail do SAP, juntamente com os documentos solicitados. O objetivo desse procedimento é simplesmente qualificar a permissão, respeitada a individualidade e a transparência dos dados.
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Alexandre Retamal
Assessoria de Comunicação Social