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Tranqüilidade marca realização do exame do ensino médio
Uma prova tranqüila. Foi assim que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Helena Guimarães de Castro, definiu a realização do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.
"O Enem veio para ficar e não tenho dúvidas que no próximo ano teremos um aumento substancial na quantidade de alunos avaliados", afirmou Maria Helena, lembrando que o ministro Paulo Renato garantiu o caráter voluntário do exame. "Não temos a intenção de transformar o exame em uma verificação obrigatória", disse a presidente do Inep.
Os alunos que fizeram o exame receberão em suas residências as notas e um boletim contendo uma avaliação de seu desempenho, até o dia 10 de novembro. Algumas instituições, como a PUC do Rio de Janeiro, usarão os resultados deste exame já para selecionar alunos para os cursos superiores do próximo ano. No caso da universidade carioca, ficou acertado que 20% de suas vagas serão destinadas a alunos que obtiverem mais de 70% de aproveitamento no Enem.
O Inep pretende iniciar imediatamente uma série de contatos com várias instituições de ensino de nível superior para incentivar a adoção do Enem, como alternativa para o vestibular, para acesso a cursos universitários. "Já temos o interesse demonstrado por universidades particulares de São Paulo e da Universidade Federal de Pernambuco. A Unicamp também, durante um seminário em maio, levantou a possibilidade de usar o Enem como substituto da primeira fase de seu vestibular", disse.
Elogios
O conteúdo da prova foi muito elogiado por alunos, educadores e especialistas em educação. Maria Inês Fini, coordenadora do exame, destacou a importância dada a interdisciplinaridade das questões. "Também foi fundamental o apoio dado pelas secretarias estaduais ao Enem. Em Pelotas (RS), chegou-se a preparar uma sala especial para que um aluno, com pneumonia, pudesse responder as questões", disse.
A elaboração da prova envolveu uma banca de quase cem profissionais da área de educação. "O raciocínio critico e a capacidade de resolver problemas foram os fatores mais exigidos na resolução das questões", lembrou Maria Inês Fini, destacando a busca por romper conceitos tradicionais de provas que são aplicadas nesse nível de ensino.
Para a presidente do Inep, o Enem tornou-se um instrumento fundamental para avaliar os alunos dentro da nova concepção de ensino médio delineada pelos novos parâmetros curriculares nacionais. "Uma reforma que passou a ser fundamental não só pelas determinações da Lei das Diretrizes e Bases da Educação, mas também pelo salto quantitativo que foi dado no ensino médio do país", afirmou.
Maria Helena disse ainda que os dados que serão divulgados com o censo educacional deste ano mostrarão que o número de matriculados no ensino médio, em 1998, chega a quase 7 milhões. "De 1991 a 1998 praticamente dobramos número de alunos. Com um detalhe, enquanto em 1980, 40% dos alunos estavam na rede particular. Este ano, 80% estão na rede pública de ensino".