Enem se consolida como instrumento de avaliação

Dois anos depois do seu surgimento, o Enem começa a se consolidar como instrumento de avaliação. Esta é a opinião do ministro da Educação, Paulo Renato. "O desafio, agora, é aprimorá-lo cada vez mais. O exame já está sendo considerado uma referência importante, não só para os alunos que estão concluindo ou já concluíram o ensino médio, mas também para as escolas, professores e as instituições de ensino superior", afirma.

Segundo a presidente do Inep, Maria Helena Guimarães de Castro, o Enem é um marco inovador nas avaliações educacionais que vinham sendo realizadas no País. "O exame vem se notabilizando como indutor de mudanças no ensino médio e nos processos de avaliação, tanto dos sistemas educacionais como de seleção para o ensino superior", garante. Para ela, a partir do exame, os próprios professores estão se sentindo estimulados a mudar a forma de ensinar e de avaliar o aprendizado dos alunos em sala de aula.

Por ser uma avaliação que se estrutura a partir de competências e habilidades básicas, o Enem muda o enfoque presente nas avaliações tradicionais feitas pela escola, cuja ênfase principal são os conteúdos em si, explica a coordenadora do exame, Maria Inês Fini. "Ao apresentar situações-problema, devidamente contextualizadas, o Enem busca verificar quais as operações mentais que os participantes são capazes de realizar, utilizando os conteúdos escolares. O importante não é saber quanto os alunos sabem, mas como sabem relacionar dados e informações para tomar as decisões necessárias no seu dia-a-dia", afirma.

O exame foi estruturado com base na nova LDB, nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Matrizes de Referência para o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e na Matriz de Competências e Habilidades do Enem. Além do mais, o Enem afina-se perfeitamente com a reforma do ensino médio, auxiliando na compreensão dos novos princípios orientadores da reforma dos currículos - a interdisciplinaridade e a contextualização, entre outros.