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Certificação é objetivo de 78% dos inscritos no Enem para Privados de Liberdade
Nesta terça e quarta-feira, 13 e 14, o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) 2016 será aplicado para 54.358 pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade. O principal objetivo é a obtenção do Certificado do Ensino Médio, mas os resultados individuais também podem ser usados como mecanismo de acesso ao Ensino Superior e a programas de educação brasileiros.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é o responsável pelo Enem PPL, mas a emissão dos certificados é feita por instituições certificadoras a partir do envio dos resultados individuais. Dos 54.358 inscritos, 42.490 (78%) farão o exame em busca da certificação. Apenas 16% dos participantes já concluiu o Ensino Médio. A maioria, 57%, não concluiu e não está cursando este nível de ensino. Além disso, 21% concluirá essa etapa após 2016 e 6%, este ano.
Locais de Prova – Só podem sediar provas do Enem PPL os órgãos e as instituições cujas unidades prisionais e socioeducativas firmaram termo de compromisso com o Inep, já que a aplicação do Enem PPL ocorre dentro dessas instalações. A região sudeste reúne a maioria dos inscritos no Enem PPL: 31.411 (58%). O sul tem 9.128 (17%) das inscrições; o nordeste, 6.384 (12%); o centro-oeste, 3.884 (7%) e o norte, 3.551 (6%).
O maior número de inscritos está em São Paulo (17.353) e Minas Gerais (10.038). Já os estados com menor número de inscritos são Sergipe (153) e Roraima (155). Ao todo, 674 municípios terão aplicação do Enem PPL. São 1.271 locais de aplicação e 3.884 salas envolvidas. Minas tem o maior número de municípios com prova, 122, e 191 instituições envolvidas. Já São Paulo tem menos municípios, 104, porém mais instituições, 273.
Perfil – Ao contrário do Enem regular, 89% dos inscritos no Enem PPL são do gênero masculino e apenas 11%, do feminino. Já em relação à idade, aqueles entre 21 e 30 anos são maioria. Essa faixa etária representa 47% dos inscritos. Aqueles com mais de 30 anos são 40%. Privados de liberdade com idade igual a 18, igual a 19 e igual a 20 anos representam, cada, 3% dos inscritos.
Atendimento Especializado – O Enem PPL oferece os mesmos auxílios para atendimento especializado do Enem, desde que sejam solicitados no ato da inscrição e que possam ser comprovados. Nesta edição, 93 pessoas usarão recursos como prova ampliada (83%) e super ampliada (17%). Essas solicitações devem ser requeridas pelo responsável pedagógico de cada unidade, pessoa responsável pela inscrição e pelo intermédio entre o Inep e os inscritos privados de liberdade.
Provas - O exame é constituído de uma redação e quatro provas objetivas com 45 questões de múltipla escolha, cada. No primeiro dia, 13, serão realizadas as provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos. No segundo dia, 14, é vez das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação e Matemática e suas Tecnologias, com duração de 5 horas e 30 minutos.
Particularidades – O Enem PPL tem o mesmo nível de dificuldade do Enem regular, de forma a garantir a isonomia do exame. O que muda são alguns procedimentos logísticos, pelo fato de o inscrito nessas condições não ter acesso à internet, por exemplo. É o caso do Questionário Socioeconômico que os privados de liberdade respondem no primeiro dia de provas, e não no ato da inscrição, como ocorre no Enem regular.
A aplicação do Enem PPL 2016 terá início às 13h30min (horário oficial de Brasília). No primeiro dia, os participantes serão encaminhados aos locais de aplicação das provas (dentro da própria unidade onde foram inscritos) às 12h15 para que possam responder ao Questionário Socioeconômico com antecedência. No segundo dia, os participantes irão para os locais de aplicação às 13h15.
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Assessoria de Comunicação Social