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Moçambique vem conhecer sistema de coleta de dados
Uma comitiva de Moçambique está no Brasil para conhecer e analisar programas brasileiros de levantamento de dados estatístico-educacionais e de avaliação educacional superior, desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O objetivo é aplicar métodos semelhantes no país africano. O grupo representa o Conselho Nacional de Acreditação e Garantia da Qualidade do Ministério da Educação de Moçambique, e está no Brasil pela primeira vez.
Moçambique vai criar um novo sistema de avaliação e pretende aprender com o Inep os modelos de coleta de dados e aplicação de exames que melhorem a avaliação do ensino superior moçambicano.
A delegação participou na manhã desta quarta-feira, 12, de apresentações da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes) sobre métodos de aplicação de exames para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de ensino superior. Além disso, a Diretoria de Estatísticas Educacionais (Deed) mostrou os instrumentos de diagnóstico e de coleta de informações sob o aspecto qualitativo da educação superior.
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), foi um dos pontos que mais chamaram a atenção dos representantes do conselho.
O professor e representante da delegação, Eduardo Júlio Sitoe, considera o Brasil bastante avançado na avaliação de alunos e instituições de ensino superior. "Nós não conseguimos aplicar o exame nacional por cursos a todos os estudantes e todas as universidades públicas e privadas. Esse é o grande problema que viemos ver como o Brasil está resolvendo."
Outro ponto que despertou interesse na delegação foi o Censo da Educação Superior, que coleta dados sobre a educação superior do país e tem o objetivo de oferecer à comunidade acadêmica e à sociedade informações detalhadas sobre instituições, cursos, vagas oferecidas, matrículas e docentes. Desde 2009, o Inep começou a coleta de dados por aluno no ensino superior.
"Existe um conjunto de coisas que estamos aprendendo. Ainda vamos analisar o que será aplicado nas nossas circunstâncias em Moçambique", ressaltou o professor africano.
A delegação de Moçambique permanecerá no Brasil por uma semana. Neste período, também visitará instituições de ensino superior em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Eduardo Aiache