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Enade será universal a partir de 2009
A partir de 2009, o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) será universal e não mais amostral. Todos os alunos ingressantes e concluintes dos cursos de graduação que fazem parte das áreas avaliadas na edição, farão a prova. O Enade, componente curricular obrigatório dos cursos de graduação, é realizado em ciclos avaliativos com duração de três anos. Desta forma, as 23 áreas de conhecimento avaliadas em 2008, por exemplo, só serão novamente avaliadas em 2011.
A mudança metodológica foi anunciada pelo presidente do Inep/MEC, Reynaldo Fernandes. Segundo ele, a adequação está prevista na lei que instituiu o Enade, a lei do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior). "Esta lei faculta a utilização do procedimento estatístico amostral ou universal", explicou.
Conforme Fernandes, a alteração atende aos pedidos das Instituições de Ensino Superior (IES), que solicitavam ampliação do número de alunos que prestam o exame, em razão do surgimento de novos indicadores educacionais calculados a partir das médias do Enade, como IGC (Índice Geral de Cursos de Graduação) e CPC (Conceito Preliminar de Curso). "O Enade sempre foi um exame seguro metodologicamente. Ao torná-lo universal, estamos atendendo aos pedidos das instituições e investindo na credibilidade do instrumento", afirmou.
"Esta mudança, certamente, acabará com aquela reclamação de alunos que questionavam por que alguns de seus colegas eram selecionados para a prova e outros não", afirmou o coordenador do Enade, Webster Spiguel Cassiano.
De acordo com o presidente do Inep, operacionalmente a mudança vai auxiliar o trabalho do instituto já que não será mais necessário montar amostras. Para garantir a segurança estatística, as amostras eram montadas com grande rigor, o que levava a um percentual bastante alto: entre 60% e 65% do total de estudantes ingressantes e concluintes dos cursos eram selecionados para o exame.
Com a universalização, o custo do exame aumentará em 30%, prevê o presidente do Inep. A edição 2008, última amostral, custou R$ 25 milhões. Se tivesse sido universal, teria custado R$ 34 milhões. Nessa edição foram avaliados 24.842 cursos de 2.367 instituições.
A prova é igual para ingressantes e concluintes do mesmo curso. São considerados ingressantes aqueles alunos que, até o dia 1º de agosto, concluíram entre 7% e 22% da carga horária total do curso. E, concluintes, os que, na mesma data, cumpriram pelo menos 80% da grade curricular ou estão em vias de concluir o curso.
Assessoria de Imprensa do Inep