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Encontros regionais vão discutir mudanças no Censo Escolar
Mudanças no questionário do Censo Escolar 2005 serão discutidas com representantes de todas as unidades da Federação nos próximos meses. O objetivo é racionalizar a coleta de dados para facilitar o preenchimento por parte das escolas e fazer a inclusão de questões que sejam importantes para compreender a realidade da educação brasileira.
Serão realizados cinco encontros, um em cada região do País. O primeiro acontece amanhã e depois (22 e 23/7), no Rio de Janeiro (RJ). Em cada evento participarão representantes das Secretarias Estaduais de Educação, das secretarias municipais das capitais, da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da equipe técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Após os encontros regionais, será realizado um evento nacional, em outubro, para consolidar as sugestões e as alterações no formulário.
Segundo Wilson Pereira, coordenador do Censo Escolar, atualmente o questionário é muito extenso, o que dificulta o preenchimento. "Queremos tornar a coleta mais racional, menos trabalhosa. Há dados que não precisam ser informados todos os anos, porque configuram situações mais ou menos permanentes, onde não há mudanças rápidas", afirma.
Para o coordenador, ao facilitar o preenchimento, também é esperada uma melhoria da qualidade da informação obtida. "Os responsáveis pelo preenchimento do Censo nas escolas terão mais tempo para se dedicar ao conjunto de perguntas que são colocadas", explica.
Informações sobre cor/raça – Além de racionalizar o conjunto de dados coletados, a idéia é incluir itens novos como, por exemplo, o quesito cor para conhecer o número de alunos brancos, pretos, pardos, amarelos e indígenas nas escolas do País. Para isso, estará participando dos encontros regionais um representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Segundo Dirce Gomes, diretora de Estatísticas da Educação Básica do Inep, a coleta de informações por cor será mais uma ferramenta na definição de políticas de promoção da igualdade. "Hoje, o Censo já levanta a situação educacional na zona rural, por sexo e por tipo de necessidade especial, que são instrumentos de medição da eqüidade. Falta incluir o dado de cor. Teremos também subsídios de melhor qualidade para as políticas públicas, como a adoção de sistemas de cotas", analisa.
Para a diretora, há duas frentes de ação para ampliar a coleta dos dados. A primeira é o trabalho de mobilização das escolas para identificar, de forma eficiente e adequada, o aluno segundo a raça durante o processo de matrícula. Outra, é pela aprovação do Projeto de Lei que torna obrigatória a inclusão do quesito cor/raça, mediante autodeclaração do estudante ou de seu responsável, nas fichas de matrícula e nos dados cadastrais das instituições de educação básica e superior.
Assessoria de Imprensa do Inep